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Como evitar o mau hálito nos cães

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/08/2005

Certos cheiros fortes que nossos amigos às vezes exalam têm sido motivo de constante preocupação de alguns proprietàrios de cães. Sua intensidade pode ser tanta que, além de nos lembrar que existe um cão no lar, leva à conclusão de que está na hora de tomar alguma providência urgente, porque chegou-se a um ponto em que "ninguém agüenta mais".

Analisando o problema de uma maneira geral, pode-se afirmar que o cheiro provém da boca, conduto auditivo, olhos, nariz, pele, pêlo, ânus ou dos genitais.


Problemas alimentares

As principais causas do mau hálito canino estão inicialmente ligadas a fatores alimentares como:

· Permanência de restos de comida na cavidade bucal, que se prendem aos dentes e à língua e são degradados por bactérias da boca, produzindo um forte odor. A prevenção é feita com escovação bucal, utilizando escovas apropriadas para cães;

· Dietas com altos teores protéicos, que fermentam com facilidade na boca e estômago, liberando gases de amônia, indol, escatol e derivados de enxofre que serão expelidos por eructações (arrotos) com cheiro desagradável.

Para poupar o animal desse vexame, siga rigorosamente as recomendações de dosagens de consumo dos fabricantes (jamais forneça alimentos além da quantidade indicada) e fracione essa medida em várias e pequenas porções para facilitar a digestão e diminuir o volume de gás formado neste processo. Para cães adultos, dê a maior quantidade à noite;

· Corpos estranhos fixados na cavidade bucal, faringe e cavidade nasal, que podem promover mau hálito pela degradação do corpo estranho ou por contaminação e infecção dos tecidos afetados por ele. Evite ossos frágeis (frango, costelas, espinhas de peixe), objetos passíveis de má trituração (madeira, vidro, grandes fibras).

A localização e retirada de qualquer corpo estranho deverá ser feita com cuidado extremo para evitar maiores lesões nos tecidos, ou até que o animal acabe por engolir totalmente o objeto, o que só poderia ser resolvido por meio de cirurgia. Após a remoção é necessário realizar uma limpeza da região afetada e, em alguns casos, iniciar uma terapia com antibióticos.


Hálito bizarro

Outro motivo do odor forte:

. Coprofagia. Este termo médico denomina o mau hábito de alguns cães que ingerem fezes. Pode ocorrer por diversas razões, tais como carência de algum nutriente essencial na dieta, excesso de aromatizantes e palatabilizantes na matéria fecal (as fezes ficam com "gosto de ração"), doença orgânica (pancreatite, por exemplo) ou problemas relacionados com o confinamento (cães de apartamento presos em pequenas áreas, sozinhos diariamente por longos períodos, se distraem comendo "de tudo").

Nestes casos, troque a ração o mais rápido possível! Se puder, mude o cão de instalação, provendo-o de brinquedos como bolas e ossos. Na medida do possível, não deixe fezes ao alcance do cão. Em caso de insucesso das medidas acima, visite seu veterinário para exames clínicos e bioquímicos.


Sinal de doenças graves

O mau hálito canino também pode estar relacionado com a existência de problemas graves de saúde. Eis alguns deles:

· Megaesôfago, uma doença genética que determina aumento patológico do diâmetro do esófago, provocando parada do alimento, formação de gases e eliminação da comida por vômito poucos momentos após sua ingestão. Animais com esse defeito anatômico devem ser alimentados em comedouros elevados;

· Doenças respiratórias, que determinam formação de catarro e necrose de tecidos respiratórios e anexos, provocando mau cheiro. São produzidos por doenças virais bacterianas e fúngicas, muitas delas prevenidas por vacinações (contra cinomose, tosse dos canis, entre outras);

· Enfermidades sistêmicas como uremias (por doença renal) doenças hepáticas ou diabetes poderão também causar odor característico da doença, que desaparece após tratamento;

· Tumores da cavidade bucal (gengiva, lábios) também determinam hálito forte e necessitam de tratamento médico especializado.

Fonte: Dr.Regis Christiano Ribeiro -Nutrição Veterinária da Universidade Paulista