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Perfil do Mercado Pet Brasileiro

Editoria: Vininha F. Carvalho 02/09/2005

O mercado pet brasileiro teve um crescimento médio de 20% ao ano desde 1990, segundo a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Companhia). Um estudo realizado pelo SEBRAE/SP e a Xclusive Mídia aponta que há cerca de oito mil pet shops em todo o país. Empresários do setor acreditam que, considerando todos os pontos de venda, este número ultrapassa a marca de 30 mil.

De acordo com a Anfal Pet, o Brasil é o segundo país do mundo com maior população de animais domésticos, perdendo só para os Estados Unidos: são 27,9 milhões de cães, 12 milhões de gatos e 4 milhões de outros pets. A relação é de um cão para cada seis habitantes e um gato para cada 16 habitantes. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que nos últimos quatro anos houve um aumento de 17,6% no número de cães e gatos no Brasil.

Informações incorretas distribuídas por empresas de assessoria de imprensa que não conhecem o mercado afirmam que a China tem a segunda maior população de cães do mundo, mas de acordo com dados conseguidos pela Anfal Pet junto ao Consulado Chinês, há 10 milhões de cães e um milhão de gatos no país, o que o deixa bem atrás do Brasil.

Segundo estimativas do IBOPE (instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), cerca de 59% dos domicílios têm algum animal de estimação, sendo que em 44% deles há pelo menos um cachorro e em 16% pelo menos um gato.

Conforme a mesma fonte, 63% das famílias das classes A e B possuem animais de companhia. Já na classe C, este número é de 64%, e na classe D este percentual cai para 55%.

Segundo a ABMA (Associação Brasileira do Mercado Animal), 43% do faturamento bruto do segmento vêm de alimentação. O restante é distribuído entre acessórios (9,6%), medicamentos (8,6%) e produtos e serviços como consultas, vacinações, exames, etc.



Pet Food, o setor que mais cresce

Conforme estatísticas da Anfal Pet, no Brasil apenas 37% desses animais consomem alimentos industrializados, um percentual baixo em relação aos países europeus como o Reino Unido, onde 60% dos animais de estimação consomem rações, e a França, onde este percentual chega a 80%.

Segundo a Anfal Pet, o Brasil é também o segundo maior país em produção de pet food e os Estados Unidos o primeiro. Em 2004 foram produzidas 1,430 milhão de toneladas de alimentos para cães e gatos, totalizando faturamento de US$ 1,444 bilhão.

A entidade acredita que o mercado brasileiro pode ir muito além dos resultados conquistados e a estimativa é que só os cães e gatos têm potencial para consumir 3,45 milhões de toneladas por ano e gerar um faturamento de quase US$ 3 bilhões.

O mercado de pet food é um dos que mais se destacaram nos últimos anos. Dados da Anfal Pet indicam que o consumo de alimentos cresceu 400% entre 1995 e 2002 e, nos últimos cinco anos, aumentou em média 10 a 12% ao ano.

Fabricantes de máquinas de peletização e extrusão estimam que no Brasil existam mais de 100 fábricas de ração de pequeno, médio e grande porte.

O problema, segundo a entidade, é a alta carga tributária, que encarece e dificulta o acesso da população ao produto. Os alimentos para pequenos animais são taxados como bens supérfulos, com 49,9% de impostos - sendo IPI 10%, PIS/COFINS 9,25%, ICMS 18%, Substituição Tributária no ICMS 10%.

Os agropecuários são taxados em 15,25% e a cesta básica em 7%. A reivindicação é enquadrar os alimentos para animais de companhia com alíquota idêntica à da cesta básica como é feito nos Estados Unidos e na Europa.

Hoje os animais possuem um papel social importante, são considerados membros da família e utilizados como mediadores de terapias com crianças, jovens, adultos e idosos em situações difíceis, com resultados muito eficazes! Segundo Dra. Hannelore Fuchs, médica veterinária e psicóloga, muitos clientes confessam que sofreram mais na perda do animal do que de entes queridos.

Na Revista VEJA, edição 1920 de 31 de agosto de 2005, há uma matéria intitulada “30 dicas para viver mais e melhor”. A dica nº 21 é “Tenha um animal de estimação”.

A revista cita que o conselho foi seguido por operadores da bolsa de valores de Nova York, avaliados em um estudo. Foi tão eficaz no combate ao estresse que metade deles suspendeu o uso de medicamentos contra hipertensão. Quem tem um bichinho de estimação em casa vai ao médico com menor freqüência, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

Estes são alguns dos motivos para que o alimento para o animal de companhia não seja mais considerado um supérfulo. É uma interpretação errada da Receita Federal, já que atualmente bichos de estimação são essenciais e extremamente benéficos para o homem e a sociedade. Sigamos o exemplo dos países desenvolvidos!


Mercado pet brasileiro expande fronteiras


Apesar dos altos encargos, o setor pet continua com um crescimento expressivo – cerca de 20% ao ano - e ingressa em uma nova etapa: a conquista do mercado internacional

No dia 24 de junho, a Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação) assinou um convênio com a Apex- Brasil (Agência de Promoção de Exportações), para desenvolver ações de promoção dos produtos brasileiros no México, Estados Unidos, Rússia, Itália, Japão e China. O investimento será de R$ 2,3 milhões para promover o comércio de alimentos (rações e mastigáveis), medicamentos, vacinas, limpeza e embelezamento e acessórios.

As metas anuais são exportar R$ 4,1 milhões, 30% a mais que o número atual. Entre as estratégias utilizadas para divulgar os produtos brasileiros no exterior estão o estudo de mercado, a visita de jornalistas estrangeiros e a participação em feiras e rodadas de negócios internacionais.

Também participam do convênio a ABMA (Associação Brasileira do Mercado Animal), representante do setor de medicamentos e vacinas e a ANFAPET (Associação dos Fabricantes de Acessórios Pet), responsável pela parte de acessórios.

Paralelamente, algumas empresas do mercado tiveram uma outra iniciativa, se unindo para criar o CONBRAEX – Consórcio Brasileiro de Exportação, que reúne 10 empresas do país. Tendo como membros da diretoria Francisco Venturi Regis (Presidente), Jose Eduardo Butolo (Vice-presidente), Fabio Smanio (Diretor comercial) e Ricardo Monteiro (Tesoureiro), o CONBRAEX tem como principal objetivo promover e qualificar as exportações.

Negociações estão sendo feitas entre a entidade e associações como Anfal Pet e a APEX para incrementar a participação em feiras nacionais e internacionais. O Diretor Comercial, Fabio Smanio, é o responsável por divulgar o Consórcio internacionalmente.

Até o momento, foram visitados países como Itália, França, Espanha, Alemanha, Portugal, Estados Unidos, Panamá, Venezuela, Chile, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina. “A previsão de visitas para 2006 inclui mais cinco países da Europa”, revela Smanio.

O CONBRAEX já está com presença garantida durante feiras como Expocruz 2005 (na Bolívia), Interzoo 2006 (em Nuremberg, Alemanha). “Pretendemos também estar na 6a Pet Fair”, comenta Smanio.



A força dos subprodutos*

Atualmente, o mercado conta com cerca de 35 fábricas produtoras de ossos feitos com raspas de couro. A produção gira em torno de 1,4 toneladas/mês, sendo 90% destinada para exportações – cerca de 1,28 toneladas.

A exportação está concentrada entre quatro produtores nacionais, que comercializam para grandes redes e atacadistas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, entre eles Wall Mart, Costco, Cosco, Petco, Pet´s Smart, Dollar Tree, Dollar General, e Super Stores em geral (grandes redes); e Aspen, Pet Ag, Vo. Toys, Pet Factory e Dog Toys (atacadistas que embalam o produto e colocam marca própria).

* Dados da MPet Food Assessoria.



SEBRAE/SP e XCLUSIVE MÍDIA realizam estudo sobre mercado pet

Uma união entre o SEBRAE/SP e a Xclusive Mídia, empresa pioneira e experiente no segmento, gerou um estudo completo sobre o mercado pet, denominado “Pet Shop, um negócio bom pra cachorro”.

O levantamento de dados, números e informações junto às principais entidades do setor dá credibilidade à pesquisa. Além disso, o estudo traz informações sobre a atividade, perfil do mercado consumidor, dos empresários, das empresas estudadas e dicas de gestão aplicáveis ao ponto de venda, como por exemplo: Fatores Estratégicos, Gestão de Estoques, Gestão de Vendas e Controles de Informações Gerenciais.

A pesquisa uniu informações essenciais para os profissionais do setor conhecerem amplamente o mercado em que atuam e criarem estratégias para obter sucesso em seu empreendimento. Por isso, ficou conhecida como a “vacina” contra a doença que assola o mercado: a falta de gestão.

Fontes utilizadas no Estudo: Anfal Pet (Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Companhia), ABMA (Associação Brasileira do Mercado Animal), Assofauna (Associação dos revendedores de produtos, prestadores de serviço e defesa destinados ao uso animal), IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).





Fonte: Sérgio Diniz, consultor do SEBRAE/SP / Xclusive