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Leucemia em gatos também é fatal, mas pode ser evitada

Editoria: Vininha F. Carvalho 23/01/2007

Estudo do Hospital da USP observou que de 400 gatos atendidos, 13% estavam infectados com o vírus da Leucemia e a mortalidade nos animais doentes pode atingir até 100% em dois anos.

Pouco conhecida dos proprietários, a Leucemia Felina (FeLV) é uma doença que não tem cura e ataca o sistema imunológico do animal, facilitando a ocorrência e manifestação de outras enfermidades.

Além de altamente letal, outro fator de complicação é que os animais infectados, eventualmente, apresentam sintomas muito discretos.

Artigos publicados na Revista Animals (publicação bimestral da Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty to Animals) dão conta de que em populações infectadas apenas 44% dos animais, em média, têm manifestações clínicas evidentes da enfermidade. Essa particularidade dificulta o diagnóstico e, conseqüentemente, o tratamento, facilitando a disseminação da leucemia felina.

Altamente contagiosa, a leucemia é transmitida por vírus. Apesar da denominação ela nem sempre provoca tumores ou manifestações comuns ao câncer.

Nos felinos, os sintomas mais freqüentes são anemia, perda de peso, secreção nasal e ocular, diarréia crônica, imunodeficiência, leucemia e linfoma. Os filhotes são mais suscetíveis ao contágio por conta de seu sistema imune ainda imaturo.


Contágio:

Segundo o Professor da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, Archivaldo Reche Jr., a transmissão se dá por meio do contato entre um gato infectado e um outro com sistema imune pré-disposto. "Gatos que saem à rua e podem entrar em contato com outros gatos, assim como os gatos que vivem em abrigos ou gatis, são os principais candidatos a se infectarem, já que o vírus pode ser eliminado pela saliva, urina e fezes", afirma.

Após o contato com o vírus, alguns animais conseguem responder naturalmente à infecção com a formação de anticorpos, não desenvolvendo a doença. Outros se tornam portadores assintomáticos, representando uma importante fonte de infecção, pois eliminam o vírus.

Dos gatos infectados que adoecem, "o índice de mortalidade pode chegar a 100% em dois anos", relata Reche. É bom lembrar que o contágio não é restrito aos animais com sociabilidade freqüente. Contatos isolados também são capazes de promover a infecção.

Além disso, é comum que o contágio aconteça por meio de um novo felino inserido no ambiente. Caso típico é o do animal criado em apartamento, que ganha "um companheiro".


Tratamento e prevenção:

Ainda não existe tratamento para a leucemia felina. Reche afirma que a medida mais eficaz, no que diz respeito à infecção pelo vírus, é a vacinação dos animais suscetíveis. O professor alerta que antes de vacinar o animal é importante fazer o teste de diagnóstico para se certificar de que o gato não esteja infectado.

Impedir o acesso dos felinos à rua e, conseqüentemente, o contato com outros gatos, é tarefa praticamente impossível. Por outro lado, muitos animais são importante companhia para seus donos e perdê-los para a doença pode representar um custo emocional alto.


Vacina:

No Brasil, a imunização contra a leucemia felina pode ser feita pela vacina Fel-O-Vax LvK IV, da Fort Dodge Saúde Animal. Conhecida como "Quíntupla Felina", a vacina tem uma quinta fração viral que protege contra a FeLV. Além de prevenir a contra a leucemia felina, a "Quíntupla" confere proteção também contra Panleucopenia (a Parvovirose do gato), Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose. Essa combinação imuniza os gatos durante um ano contra as doenças mais freqüentes e graves.

A vacina requer duas doses iniciais para animais que nunca foram vacinados contra a leucemia, com intervalo de 21 dias entre elas e, depois, uma única aplicação anual. Além disso, a Fel-O-Vax possui em sua composição um adjuvante de imunidade específico para felinos que possui baixa capacidade de induzir inflamação, portanto extremamente segura.


Fonte: ADS Assessoria de Comunicações