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Animais silvestres são os principais transmissores da raiva em cachorros e gatos

Editoria: Vininha F. Carvalho 07/08/2009

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam número de 55 a 70 mil pessoas que morrem de raiva por ano no mundo depois de serem mordidas por animais infectados com a doença e, cerca de 10 milhões de pessoas são submetidas a tratamento profilático anti-rábico (soro e/ou vacina anti-rábica) após exposição a animais com suspeita de raiva. A Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS) afirma que o Brasil tem o compromisso de eliminar a raiva humana transmitida por cães até 2012.

Atualmente, o grande número de campanhas feitas pelo país tem imunizado boa parte da população canina e felina, no entanto, os casos não deixam de aparecer. Em 2008 houve três registros da doença transmitida por meio de animais silvestres.

Segundo o doutor em medicina veterinária e gerente de produto da Merial Saúde Animal Leonardo Brandão, é preciso ter atenção com cães e gatos que habitam as áreas rurais.

“Os pets que vivem em residências próximas a estes locais estão mais propensos a contatos com morcegos, canídeos silvestres e primatas, por isso, os proprietários devem estar atentos à vacinação anual. A prevenção ainda é a única forma de eliminar a doença”.

Segundo a SVS houve uma redução nos casos de raiva canina, passando de 83 em 2007 para 36 em 2008, concentrados nas regiões Nordeste (55,5%), Norte (27,8%) e Centro-Oeste (16,7%). Já a raiva silvestre tem se destacado. Em 2008 foram identificados mais de 100 animais com a doença, entre eles, morcegos hematófagos e não hematófagos.

“No Brasil, o cachorro é a principal fonte de infecção para o homem. Depois de mordido por outro animal raivoso, o cão pode levar algumas semanas para desenvolver a doença. Após o aparecimento dos sintomas a evolução é rápida, variando de 1 a 11 dias, o animal morre por convulsões e paralisia”, observa Leonardo Brandão.

A transmissão é feita por meio de lambidas ou mordidas, ou seja, do contato direto da saliva contendo o vírus rábico. Pode ocorrer ainda, contágio por arranhões, pois a salivação intensa dos animais doentes contamina as patas.

“Há duas formas de raiva canina: a furiosa caracteriza-se por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, e a forma muda, com ausência de inquietação e ataque, com tendência a se esconder em locais escuros. Nas áreas rurais, além de cachorros, gatos, morcegos e macacos; bovinos, eqüinos, suínos, caprinos e ovinos também podem ser acometidos pela raiva”, lembra o especialista.

"O compromisso com a vacinação do animal de companhia contra esta doença é essencial para garantir a proteção contra fatalidades tanto em animais, quanto em humanos. A consulta periódica a um médico veterinário auxilia na prevenção de outros tipos de doença tão perigosas quanto a raiva”, acrescenta Luiz Luccas, diretor de operações para animais de companhia da Merial e presidente da Comissão para Animais de Companhia (Comac) do SINDAN.