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Doenças e parasitas tendem a aparecer com mais frequência nesta época do ano

Editoria: Vininha F. Carvalho 17/12/2009

O aumento das temperaturas e os dias mais longos do verão brasileiro convidam as pessoas a saírem de casa. O hábito de levar o animal de companhia para passear passa a ser mais frequente e o contato dos cães com o meio externo pode levá-los a contrair doenças e parasitas.

Enfermidades e zoonoses causadas por vírus e bactérias como a cinomose, parvovirose e leptospirose se propagam facilmente entre a população canina por meio de seus hábitos naturais de trocar contato entre si - como cheirar e se lamber.

Por este motivo, para manter o animal de companhia saudável é preciso tomar algumas precauções.

Leonardo Brandão, doutor em medicina veterinária, explica que entre as doenças de maior incidência nesta época, a leptospirose é uma das que representa maior risco para cães e para seres humanos por ser uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida do animal para as pessoas.

“A doença é causada pela bactéria Leptospira interrogans sendo os ratos os principais responsáveis por sua transmissão em áreas urbanas”, explica Brandão.

A urina do rato pode contaminar a água e os alimentos. Sendo assim, os cães ficam mais susceptíveis à doença ao saírem nas ruas, pois a penetração da bactéria ocorre através das mucosas (boca, narinas, olhos, etc...) em contato com água contaminada, situação mais comum diante dos elevados índices pluviométricos da primavera e do verão.

“Alguns cães podem manifestar sintomas brandos, não sendo diagnosticados como doentes, podendo eliminar a leptospira pela urina durante vários meses, o que representa risco para as pessoas que venham a ter contato com esses animais”, alerta o especialista.

Outra enfermidade que atinge grande parte da população canina hoje no Brasil é a cinomose.Dados da indústria veterinária apontam que não mais que 20% dos cães do Brasil em todas as classes sociais são regularmente vacinados contra esta doença, índice muito inferior ao necessário para uma efetiva proteção da população canina.

“Várias espécies animais podem ser acometidas pela cinomose (ursos, canídeos selvagens e furões), sendo os cães domésticos os principais vetores em áreas urbanas. É uma doença viral altamente contagiosa e quase sempre fatal que atinge principalmente, o sistema nervoso dos cães. Este vírus pode ser transmitido entre os animais doentes por meio das secreções nasais, pela urina ou pelas fezes dos cães acometidos.

Os sintomas iniciais são de uma gripe: tosse, espirros, secreção nasal, podendo evoluir para quadros de diarréia (branda). Os sintomas nervosos costumam ser os últimos a se manifestar, e são os mais graves, podendo causar convulsões, dificuldade de se alimentar e caminhar. Poucos animais resistem e os que conseguem sobreviver costumam ficar com seqüelas”, completa o Dr. Leonardo Brandão.

Outro tipo de virose não menos importante que a cinomose é a parvovirose. Esta doença é caracterizada pela gravidade dos sintomas e elevada mortalidade em filhotes devido à diarréia infecciosa. A transmissão do vírus ocorre pela via feco-oral, ou seja, pelo contato de cães com as fezes de animais doentes. Este agente infeccioso tem grande resistência no ambiente e sobrevive por longos períodos fora de um organismo vivo, esta é uma das principais causas de transmissão e manutenção da doença em colônias de animais. Os primeiros sintomas são prostração, vômito e diarréia com sangue.

“Em casos de permanência de um animal doente em um determinado local, recomenda-se a limpeza e desinfecção do meio-ambiente com produtos contendo hipoclorito de sódio ou amônia quaternária” aconselha o médico veterinário.

“É importante lembrar que essas são doenças graves mas que podem ser prevenidas por meio da vacinação. Por este motivo, é imprescindível que a carteira de vacinação esteja em dia antes de tirar o animal de casa. Para manter a rotina daqueles que estão com as doses atrasadas é bom vacinar o animal - adulto com pelo menos 7 dias de antecedência - pois levam alguns dias para que a imunidade dos cães seja desenvolvida. Já no caso de filhotes é preciso que já tenham terminado o protocolo de vacinação inicial composto por pelo menos 3 doses,” enfatiza Dr. Leonardo.

“Já para os animais que foram infectados, como em qualquer doença causada por vírus, o tratamento visa combater infecções secundárias e a manutenção de um bom estado nutricional (principalmente para aqueles com dificuldade de se alimentar). De modo geral, o objetivo é melhorar as condições do animal por meio de tratamento sintomático e de suporte, uma vez que não há um tratamento específico. O ideal é oferecer condições para que ele se recupere naturalmente”, acrescenta o especialista.

Para o médico veterinário Luiz Luccas, diretor de operações para animais de companhia da Merial Saúde Animal e presidente da Comac, Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (SINDAN), manter a vacinação em dia é mais do que acompanhar o protocolo de vacinação, é preciso que os proprietários tenham acesso a informações com seu médico veterinário.

Apenas 24% dos brasileiros que possuem algum animal de companhia nas classes A, B e C têm o hábito de levar seus bichos de estimação a consultas periódicas. Descontado os proprietários que levam seus pets para tratamentos prolongados este número cai para 11%.

Para muitos donos de pets, a atuação desses profissionais se restringe apenas a tratamentos de doenças, embora seu papel seja muito mais amplo e especialmente preventivo, refletindo, inclusive, na saúde das pessoas e na qualidade desta relação.

“Um cão ou gato saudável e imunizado tem condições de participar mais ativamente da rotina de deu dono oferecendo aos dois momentos de grande satisfação”, observa Luccas.

Para imunizar os cães contra as doenças de maior incidência no país a Merial disponibiliza ao mercado as vacinas Recombitek® C6/CV e Recombitek® C4/CV, as únicas com tecnologia recombinante para a cinomose canina (permitindo uma imunização mais rápida e segura), além de proteger contra parvovirose, coronavirose, parainfluenza, adenovirose, hepatite infecciosa e leptospirose canina, e Eurican CHPLR, vacina contra as principais doenças dos cachorros (cinomose, parvovirose, hepatite infecciosa e leptospirose) associada à proteção contra a raiva.