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Chapada dos Veadeiros passará a oferecer opção de caminhada em trilhas sem a obrigatoriedade de contratação de guia

Editoria: Vininha F. Carvalho 20/04/2013

O Instituto Chico Mendes começou 2013 com uma grande iniciativa. A partir da quinta-feira (10/01) os visitantes que quiserem conhecer as principais trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, unidade de conservação sob sua gestão localizada em Goiás, não terão mais a obrigatoriedade de se fazerem acompanhar por um condutor de visitantes.

A partir desta data, com a opção de trilha autoguiada (em que o visitante desvenda a trilha sozinho), a contratação de guias passa a ser opcional.

“A decisão pela não obrigatoriedade de guias é fruto de um longo processo de discussão com a comunidade local e com os grupos interessados em visitar o parque.

Acreditamos que todo o incremento já ocorrido na Vila de São Jorge, como os serviços de pousadas, bares e restaurantes, absorverá parte da mão-de-obra dos guias (cerca de 130). Outra parte continuará trabalhando no segmento”, explica o diretor de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do ICMBio, Pedro de Castro da Cunha e Menezes.

O Instituto continuará incentivando a contratação dos condutores de visitantes, tendo em vista que eles agregam valor à visita e prestam serviços valiosos aos visitantes, ajudando-os a melhor compreender a história humana e natural dos parques e reservas, como no Parna da Chapada dos veadeiros/GO.

“O trabalho dos condutores de visitantes é e sempre será bem vindo nas unidades de conservação federais”, frisa Cunha e Menezes.

A iniciativa integra um conjunto de medidas que visam a aprimorar a gestão do ecoturismo e proporcionar novas e melhores experiências para os visitantes no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Além da abertura das trilhas de forma autoguiada, está previsto um pacote de medidas estruturantes durante o ano.

No curto prazo (até março/abril) será criada um travessia de dois dias ligando a vila de São Jorge ao Morro do Buracão. Outros novos atrativos a serem criados no médio prazo são uma travessia ligando São Jorge a Cavalcante e pelo menos mais duas trilhas de curta duração (2 a 3 horas), além de melhorias nas áreas de camping e oferta da atividade de canionismo.

A expectativa é de que os investimentos realizados no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que Integra o Projeto Parques da Copa, cheguem a mais de R$ 4 milhões, o que possibilitará o recebimento de mais visitantes com a consequente geração de emprego e renda advindas das novas oportunidades econômicas relacionadas ao ecoturismo para a região.

O parque recebe hoje cerca de 20 mil visitantes por ano, e a expectativa é no mínimo dobrar esse número ainda em 2013, aumentando assim a procura por pousadas e a demanda por restaurantes, transportes e outros serviços de apoio a visitação.

“Um visitante não é igual ao outro, e estas diferenças precisam ser respeitadas. Nossa preocupação, nesse sentido, tem sido oferecer nos parques nacionais um leque cada vez mais variado de opções de contato com a natureza que atendam aos diversos perfis de visitantes, que vão de grupos escolares, a familiares, passando pelo público mais especializado, como é o caso de escaladores, montanhistas e observadores de aves”, destaca Sônia Kinker, Coordenadora-Geral de Uso Público e Visitação do ICMBio.


- Um pouco da história:

A obrigatoriedade na contratação de condutores para os passeios no parque foi estabelecida em 1991 como estratégia para ordenar a visitação no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e criar uma alternativa econômica para os garimpeiros que atuavam na área, então inexistente.

“Hoje, o desenvolvimento do turismo na região, já criou outras alternativas de renda como hotéis e restaurantes. Está na hora de darmos o próximo passo. Aumentar as opções de visitação fará com que a procura pela Chapada dos Veadeiros aumente. Mais visitantes significará mais oportunidades de emprego e renda.

Queremos dessa forma dar continuidade ao ciclo virtuoso estabelecido entre visitação e conservação ambiental. Estamos seguindo o modelo adotado com sucesso em parques argentinos, sul-africanos e chilenos, onde as unidades de conservação oferecem ampla oportunidade de visitação e servem de esteio econômico para as comunidades do entorno ”, frisa o diretor Pedro Cunha e Menezes.

Fonte: ICMBio