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O que é displasia?

Editoria: Vininha F. Carvalho 06/08/2005

DISPLASIA == DIS (mal) + PLASIA (forma), é a má formação das articulações coxofemorais. Incide em todas as raças de cães, principalmente nas grandes e de crescimento rápido. Atinge igualmente machos e fêmeas, podendo comprometer uma ou as duas articulações, especialmente as duas.

Schnelle (1930) descreveu pela primeira vez a displasia coxofemoral e Konde (1947) comentou sua origem hereditária. Em 1959, Schales descreveu-a como má formação e indicou o exame radiográfico para o diagnóstico. Wayne e Riser (1964) relacionaram o crescimento rápido e precoce e ganho de peso de pastores com transmissão genética. Henricson, Norberg e Olsson (1966) consideraram-na como má formação hereditária e a subluxação consequente da alteração anatômica.


TRANSMISSÃO

A transmissão é hereditária, recessiva, de caráter poligênico, intermitente; porém, pode receber influências de manejo e ambientais (multifatorial). O COMBATE DEVE SER MEDIANTE SELEÇÃO. Com relação ao manejo do animal e ao meio ambiente, é fundamental evitar os traumas, sejam eles da obesidade, dos trabalhos precoces, dos exercícios forçados, dos pisos lisos, etc.


COMO OCORRE

As estruturas que auxiliam na manutenção das articulações são: cápsula articular, ligamento acetabular transverso, musculatura da região, ligamento redondo, pressão negativa intra articular e ampliação do acetábulo pelo lábio glenoidal ou ligamento acetabular.

A alteração inicial é o aumento do líquido sinovial e tensão sobre as estruturas moles que mantém a articulação anteriormente mencionada. A seguir, afrouxamento destes tecidos moles, com perda da intimidade articular, podendo ocorrer arrasamento da cavidade acetabular (ossificação ou calcificação do aspecto acetabular medial), subluxação (deslocamento lateral da cabeça femoral) normalmente como o primeiro sinal radiográfico, edema, atrito, desgaste da cabeça femoral (perda da sua superfície articular arredondada, tornando-se achatada e menos distinta do colo femoral) e ruptura ligamentosa.

Por fim, a artrose secundária. Do quarto ao vigésimo dia de vida, o animal começa a caminhar e, se nesta ocasião já existir sub luxação (instabilidade), haverá alteração dos pontos de apoio com modificação da arquitetura articular.


CONSEQUÊNCIAS

A displasia pode provocar muitas dores, andar imperfeito, afetando a resistência do animal.


QUANDO E COMO SE MANIFESTA

A sintomatologia aparece principalmente entre quatro e sete meses de idade e se baseia na dor, claudicação, maior dificuldade de locomoção em lugares lisos, atrofia muscular, mobilidade excessiva ou reduzida, dependendo da fase (aguda ou crônica, respectivamente) e crepitação ao exame clínico da articulação.

O diagnóstico é realizado somente com o auxílio dos raios X, mediante posicionamento correto. E este posicionamento é conseguido principalmente através da anestesia geral, já que estamos frente a uma patologia muitas vezes dolorosa e de um cão geralmente grande. Com relação à anestesia, salienta-se que, se feita com drogas modernas e com cuidado, o risco cai praticamente a zero. Referente ao equipamento radiológico, sugere-se um não muito pequeno.


COMO CONTROLAR

Todos os animais usados na reprodução devem passar por um controle de seleção através de radiografia. Além disso, esses animais aprovados também o devem ser no exame dos descendentes. Não basta só ter articulações coxofemorais normais, pois animais nesta condição podem transmitir o problema para os descendentes.

Relatos registram mais ou menos 92% de filhotes anormais, quando pais displásicos são cruzados entre si.

É preciso deixar muito claro que todos animais, com exceção dos A, sem sinais de displasia coxofemoral (HD-), tem displasia, em menor ou maior grau. Para fins de reprodução, atualmente é permitido o acasalamento dos animais pertencentes às três primeiras categorias, ou seja, A (HD-), B (HD+/-) e C (HD+). Neste caso sugere-se que, se a fêmea for C, displasia coxofemoral leve (HD+), que ela tenha excelentes características do padrão da raça, como por exemplo conformação e temperamento, superando assim a deficiência das articulações.

Esta fêmea acasalaria com um macho A, sem sinais de displasia coxofemoral, (HD-). Salientamos que o sugerido para a fêmea não seja aplicado ao reprodutor, já que ele transmitiria a displasia para um número muito maior de filhotes.

A reprodutora, durante sua fase de reprodução, produz "x" filhotes em algumas gestações, enquanto que o macho acasala "n" cadelas, cada uma delas com algumas gestações e cada gestação com "x" filhotes. Para complementar, mencionaríamos o fato de que cães levemente displásicos tendem a transmitir displasias discretas.

Muitas pessoas possuem um cão displásico e não sabem. Ao contrário, acham inclusive impossível que seu animal possa ser portador de tal anomalia. Alegam que o cão corre o dia inteiro, salta alturas enormes sem parar. Tudo isso é possível, mas não exclui a possibilidade de má formação.

Deixamos aqui algumas sugestões, que com certeza serão de muita valia:

· Evitar pisos lisos;

· Colocar a cadela com seus filhotes recém nascidos sobre uma superfície levemente rugosa, como por exemplo a face áspera do Eucatex, para que o filhote possa se locomover melhor, sem escorregar. O material áspero não deve traumatizar o filhote;

· Recomenda-se, a partir dos três meses de idade, a natação, com o intuito de fortalecer a musculatura pélvica, única estrutura de tecidos moles, que auxilia na manutenção da articulação, que pode ser trabalhada (aumentada);

· Principalmente até um ano de idade, evitar ao máximo a obesidade;


Cuidados no posicionamento, fazem-se extremamente necessários para uma verdadeira avaliação das articulações coxofemorais para o diagnóstico da displasia canina.


· Exercícios precoces não só podem provocar displasias como artroses. Muitas pessoas tem o costume de exercitar seu cão andando de bicicleta e o que é pior, andando de carro e o animal tendo que acompanhá-lo pelo lado de fora. Será que estas pessoas não estão ultrapassando os limites de seu cão?


UMA RADIOGRAFIA PERFEITA

Para se realizar uma radiografia das articulações coxofemorais, para o diagnóstico da displasia canina, faz-se necessária preferencialmente a anestesia geral de curta duração, de 10 a 15 minutos, de tal forma que o paciente esteja livre de qualquer reação, para um posicionamento correto. O animal é colocado em decúbito dorsal (de barriga bem para cima), com os membros posteriores estendidos caudalmente, de igual comprimento, paralelos entre si e com a coluna vertebral, rotacionados medialmente (para dentro).

A pelve deve estar paralela à superfície da mesa, ou seja, sem inclinação. Uma calha, utilizada para deitar o animal no seu interior, com a pelve fora desta, é de grande valia, para se obter uma radiografia de posicionamento adequado. Portanto, a calha é um acessório muito importante para este tipo de exame e nestas circunstâncias devem ser observadas as seguintes características:


De forma esquemática um posicionamento correto

· Asas dos ílios (ancas) aparecem simétricas, isto é, com a mesma largura;

· Canal pélvico de forma ovalada, havendo simetria de contornos entre cada metade do canal, quando este é dividido sagitalmente (no seu sentido longitudinal);

· Forâmens obturadores apresentam-se iguais em tamanho e de contornos simétricos;

· Paralelismo entre os fêmures, de tal forma que os mesmos mantenham o paralelismo com a coluna vertebral;

· Patelas (rótulas) devem se sobrepor aos sulcos trocleares (sulcos por onde deslizam as patelas).

Na radiografia devem ser observadas as asas ilíacas, para que se possa avaliar a existência ou não da rotação pélvica e as articulações fêmoro-tíbio-patelares (joelhos), com o objetivo de se confirmar ou não a presença da patela sobre os sulcos trocleares. Estes cuidados no posicionamento, fazem-se extremamente necessários para uma verdadeira avaliação das articulações coxofemorais para o diagnóstico da displasia canina.

Por exemplo: se as patelas não estiverem sobrepostas aos sulcos, anteriormente mencionados, isto é prova de que os posteriores foram rotacionados de forma errônea, insuficientemente ou excessivamente. Se por exemplo a rotação for insuficiente, ou seja, com as patelas posicionadas lateralmente aos sulcos, isto significa dizer que as cabeças femorais não foram forçadas o suficiente a ponto de subluxarem ou luxarem (deslocarem lateralmente). Só ocorrerá esta subluxação ou luxação em animais displásicos e esta displasia só será verdadeiramente diagnosticada através de um posicionamento correto.

Mas isto é realmente muito importante para criadores que queiram controlar ou até eliminar do seu plantel esta má formação, que compromete as articulações coxofemorais dos seus animais. É importante para o criador estar tranquilo com relação aos animais utilizados na reprodução, especialmente naqueles casos limítrofes (displasia coxofemoral leve), onde animais inaptos para a reprodução estariam sendo usados para este fim e vice versa.

Toda radiografia deve ser identificada, ou seja, nela devem constar algumas informações, como nome da clínica, hospital ou instituto, raça, sexo, data de nascimento, data da realização da radiografia e número de registro do animal. A maior parte destes dados são retirados do pedigree ou da tarjeta. Esta identificação é feita antes da revelação, impedindo portanto a sua falsificação, através de um aparelho, chamado identificador radiográfico.

A radiografia deve ser muito nítida, de bom contraste, evidenciando o bordo acetabular dorsal e a estrutura trabecular (unidade mais fina e delicada do osso) da cabeça e colo femorais. Isto se consegue com écrans e filmes de excelente qualidade, grade antidifusora (normalmente localizada sob a mesa radiográfica, com a função de absorver a maior parte da radiação secundária, radiação esta responsável por radiografias de aspecto enfumaçado, sem contraste), equipamentos radiológicos preferencialmente de concepção tecnológica moderna, associados a revelação por processamento automático sempre que possível. Todos estes fatores contribuem definitivamente para uma maior resolução de imagem (radiografias de qualidade superior).

São consideradas radiografias inadequadas para a avaliação da displasia, todas aquelas sem o posicionamento apropriado, caracterizadas principalmente pela largura desigual dos ílios, pela ausência de paralelismo entre os fêmures (posteriores abertos principalmente) e quando as patelas não se sobrepõem aos sulcos trocleares e aquelas sem padrão de imagem, ou seja, sub ou super expostas (claras ou escuras, respectivamente), prejudicando o contraste, tremidas, manchadas, mal reveladas, etc.

Finalizada a primeira etapa, que corresponde exatamente à realização da radiografia dentro das normas internacionais de posicionamento e qualidade de imagem, passa-se à interpretação diagnóstica da mesma. As articulações serão classificadas, segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, em cinco categorias:

A (HD-) : sem sinais de displasia coxofemoral
B (HD+/-) : articulações coxofemorais próximas do normal
C (HD+) : displasia coxofemoral leve
D (HD++) : displasia coxofemoral moderada
E (HD+++) : displasia coxofemoral severa


Figura 3 (B) - Articulações coxofemorais
próximas do normal
Figura 2 (A) - Sem sinais de displasia coxofemoral
Figura 5 (D) - Displasia coxofemoral moderada
Figura 4 (C)- Displasia coxofemoral leve
Figura 6 (E) - Displasia coxofemoral severa



ERROS MAIS COMUNS DE POSICIONAMENTO

Figura 7 - Inclinação da pelve
Figura 8 - Membros abertos e patelas posicionadas lateralmente
Precisa ficar bem claro, que na realidade não é somente o grau que determina a avaliação final das articulações em estudo .

O animal pode ter uma graduação de 105° e não ser A, já que a radiografia pode nos evidenciar, por exemplo, que menos de 50% da cabeça femoral está inserida dentro da cavidade acetabular (os autores preconizam pelo menos 50%), ou quando o bordo acetabular crânio lateral se projeta mais, pela presença de osteófito (artrose, bico de papagaio), sobre a cabeça femoral, ou quando existe incongruência articular (menor extensão do paralelismo entre a cabeça femoral e cavidade acetabular).

Para a determinação do grau é necessário se estabelecer o centro das cabeças dos fêmures. Unindo-se os dois centros por intermédio de uma linha, nos é possível traçar a partir de um centro e da linha, uma segunda linha, que terá que tangenciar o bordo acetabular crânio lateral. O ângulo entre as duas linhas é aquele que se queria determinar.

A - Índice de Norberg
B - Circunferências Concêntricas
(figura 9)


NORMAS PARA AVALIAÇÃO DA DISPLASIA COXOFEMORAL EM CÃES NO BRASIL

1. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
1.1 Idade

A avaliação das condições articulares será feita conclusivamente a partir dos doze meses completos de idade, na maior parte das raças, com exceção das raças grandes e gigantes (Bullmastiff, Dogue de Bordeaux, Great Dane, Leonberger, Maremma, Mastiff, Mastim Napolitan, Newfoundland, Landseer, Pyrenean Mountain Dog e St. Bernard), cuja apreciação deverá ser realizada com pelo menos dezoito meses completos de idade. Esta condição poderá ser precedida de avaliações preliminares das articulações coxofemorais, que fornecerão dados precoces de normalidade ou não das mesmas, cujo exame poderá ser realizado em torno e a partir dos sete meses de idade.

1.2 Contenção

Com a finalidade de assegurar a qualidade técnica desejada, é obrigatória a contenção do paciente, mediante a utilização de associações farmacológicas, capazes de determinar perfeito relaxamento do animal, para se obter o posicionamento correto e livre de reações por parte do cão.

O médico veterinário, ao realizar a radiografia, assinará um termo de responsabilidade, comprometendo-se com este tipo de contenção (ver termo de responsabilidade do médico veterinário).

1.3 Posicionamento
Decúbito dorsal com os membros pélvicos em extensão, paralelos entre si e em relação à coluna vertebral, tomando-se o cuidado de manter as articulações fêmoro-tíbio-patelares rotacionadas medialmente, de tal forma que as patelas se sobreponham aos sulcos trocleares. Deve-se ainda, ter o cuidado para que a pelve fique em posição horizontal (ver figura 1). Uma segunda radiografia poderá ainda ser utilizada, com os membros pélvicos flexionados.

1.4 Identificação do filme
Na identificação mínima permanente do filme, na sua emulsão, deverá constar o número de registro do animal, raça, data de nascimento, data do exame radiográfico e a identificação da articulação coxofemoral direita ou esquerda (ver canto superior esquerdo das figuras - radiografias).

1.5 Identificação do paciente
O médico veterinário, ao realizar a radiografia deverá, obrigatoriamente, identificar o animal mediante o uso de tatuagem e/ou microchip, caso este não o esteja, para posterior controle.

1.6 Tamanho do filme
Deve ser suficiente para incluir toda a pelve e as articulações fêmoro-tíbio-patelares do paciente.

1.7 Qualidade da radiografia
Serão analisadas as radiografias cujo padrão de qualidade ofereça condições de visualização da microtrabeculação óssea da cabeça e colo femorais e, ainda, definição precisa das margens da articulação coxofemoral, especialmente do bordo acetabular dorsal.

2. LAUDO
O radiologista, ao receber a radiografia, avalia a sua qualidade para o diagnóstico, ficando a seu cargo a possibilidade de ser devolvida ao médico veterinário que a realizou, caso não obedeça aos padrões técnicos desejados. O proprietário assinará um termo de responsabilidade concordando que a radiografia fique retida pelo CBRV.
Para a emissão do laudo definitivo, cada radiografia será examinada por um dos radiologistas credenciados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, escolhido por sorteio, que não terá conhecimento do nome de registro ou mesmo do proprietário do animal. Cada proprietário terá direito, mediante pagamento dos respectivos custos, de recorrer a um segundo diagnóstico, submetido ao júri da Displasia Coxofemoral do Comitê Científico da Federação Cinológica Internacional.

CERTIFICADO DE CONTROLE PARA DISPLASIA
Baseado na normatização da Federação Cinológica Internacional, o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária criou as normas para a avaliação da displasia coxofemoral em cães no Brasil.
O atual panorama da displasia coxofemoral no Brasil está basicamente fundamentado pela pequena procura por parte dos proprietários e/ou criadores de cães, principalmente de animais utilizados na reprodução, para o diagnóstico radiográfico de tal patologia. Lamentavelmente, e o que é pior, percebe-se que a conduta da maior parte dos médicos veterinários frente a este problema, não é muito diferente. Estes profissionais pouco realizam o exame de displasia, por maior que tenham sido os esforços da Associação Brasileira de Radiologia Veterinária - ABRV, em incentivá-los, demonstrando de como a radiografia deve ser realizada. Muitos não pretendem proceder a este tipo de exame, visto que, inclusive, nem possuem o equipamento necessário.

O que o Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária - CBRV, através da ABRV, pretende, é incentivar que cada vez mais médicos veterinários brasileiros realizem o exame radiográfico da displasia, e servir como órgão receptor destas radiografias, para a emissão de um laudo oficial da conformação das articulações.

Esta função leva muitas vezes o CBRV a adotar atitudes um pouco rígidas, frente aos nossos colegas, pois se as radiografias encaminhadas não obedecerem aos critérios internacionais, estas poderão não ser aceitas pelo colegiado. Infelizmente a gravidade da patologia e as suas consequências, requerem que este assunto seja encarado com muita seriedade.

Para isso precisamos também do apoio dos clubes de cinofilia, etc., caso contrário, teremos, em muito, todo o nosso esforço extremamente prejudicado. Pelo menos ninguém nunca poderá dizer, que a classe dos profissionais responsáveis pela saúde animal não se preocupou e não se mobilizou contra este gravíssimo problema.

O CBRV, constituído pela ABRV, resolveu criar as normas para a avaliação da displasia coxofemoral em cães no Brasil, baseadas na normatização da Federação Cinológica Internacional - FCI, ao qual nosso país é filiado. Estabelecidas as regras a serem seguidas, espelhadas nas experiências dos países de primeiro mundo, temos a maior parte dos nossos problemas resolvidos. Além disto, evitaremos diagnósticos radiográficos divergentes, ou seja, haverá uma padronização, já que os mesmos serão emitidos por uma plêiade de médicos veterinários do CBRV, altamente selecionados.

Para que todos possam perfeitamente entender este trabalho extremamente sério, descreveremos o procedimento para a obtenção do laudo radiográfico. Conforme já nos referimos anteriormente, em qualquer região do território nacional será realizado o exame radiográfico das articulações coxofemorais para a avaliação da displasia, de acordo com a normatização do CBRV.

A radiografia deve ser feita por médico veterinário, remetida posteriormente ao CBRV, acompanhada de xerox autenticado do pedigree ou tarjeta, onde inicialmente será analisada, para uma avaliação do padrão de qualidade. Caso não atenda ao padrão desejado, será devolvida ao colega que a fez, devendo, nestes casos, refaze-la.

Se a radiografia for de qualidade diagnóstica, será encaminhada, por sorteio, a um radiologista do CBRV, que não terá conhecimento do nome do animal e do proprietário. Este efetuará o respectivo diagnóstico radiográfico, que será transportado para um belíssimo certificado, parte dele em alto relevo, que em muito valorizará o animal e seus produtos. Cada proprietário terá direito, mediante o pagamento dos respectivos custos, de recorrer a um segundo e último diagnóstico, submetido ao júri da displasia coxofemoral do Comitê Científico da Federação Cinológica Internacional.

O médico veterinário, responsável pela radiografia propriamente dita, remeterá com a mesma, um termo de responsabilidade dele e outro do proprietário ou responsável. No dele, ele se responsabilizará em conferir e confirmar que a identificação do animal é a do documento que o acompanha, no caso do mesmo ser identificado por tatuagem e/ou microchip (caso contrário deverá proceder a identificação por um ou ambos os métodos) e de que o animal estava perfeitamente relaxado durante o exame radiográfico.

O proprietário ou responsável confirma que o animal a ser radiografado corresponde ao documento que o acompanha. Para que um médico veterinário possa fazer parte do CBRV, deve inicialmente ser sócio ativo da ABRV.

A partir daí solicita, mediante requerimento ao Diretor Presidente desta Associação, devidamente acompanhado de curriculum vitae documentado. Este curriculum deverá ser julgado por três membros do CBRV. A comissão julgadora poderá optar por provas, visando avaliar os conhecimentos do candidato na especialidade.

Fonte: Associação Brasileira de Radiologia Veterinária