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Morte de animais no Ártico preocupa ecologistas

Editoria: Vininha F. Carvalho 10/11/2005

O rápido desaparecimento de espécies árticas e sub-árticas, assim como de outras latitudes, preocupa os ecologistas e é o assunto de uma reunião que eles fazem esta semana na cidade escocesa de Aviemore sob o patrocínio do governo britânico. Um relatório encarregado pelo Ministério de Agricultura e Meio Ambiente britânico destinado a essa reunião indica que na tundra sub-ártica, espécies como a rena estão ameaçadas por diversas manifestações de mudança climática.

A maior rapidez dos ciclos de gelo e degelo dificulta a busca de alimentos enquanto a maior ocorrência de invernos mais úmidos e menos frios influenciam negativamente na taxa de fecundidade desses animais, cada vez mais submetidos a picadas de insetos e doenças.

Algo parecido ocorre a outras espécies como o urso polar, até pouco tempo atrás rei das planícies árticas, mas cada vez mais ameaçado pela destruição de seu habitat natural.

A diminuição das camadas de gelo e o prolongamento do verão ártico obrigam esses ursos a buscar comida nos lugares povoados pelo homem, que atira neles.

Por outro lado, numerosos ursos se afogam após nadar centenas de quilômetros em busca de alguma camada de gelo flutuante à qual se agarrar, segundo testemunho dos caçadores, que encontram seus cadáveres.

Em 2004, os caçadores encontraram meia dúzia de ursos polares que tinham se afogado a cerca de 200 milhas (320 quilômetros) ao norte de Barrow, no litoral norte do Alasca, em uma tentativa desesperada de chegar à margem.

Segundo o citado relatório britânico, quatro de cada cinco aves migratórias que estão na lista da ONU - Organização das Nações Unidas se vêem ameaçadas por problemas como a seca ou a desertificação.

O aquecimento do planeta pode ter também graves conseqüências para as espécies de outras latitudes. Um terço dos lugares onde as diversas tartarugas do Caribe fazem ninho se verá inundado se o nível dos mares aumentar meio metro.

Por outro lado, podem desaparecer as águas pouco profundas nas quais vive a foca do Mediterrâneo, os golfinhos e outros mamíferos marítimos.

As baleias, o salmão, o bacalhau, os pingüins e outras espécies já estão sendo afetados pelas mudanças experimentados na distribuição e na abundância de krill e de plâncton, que entram em sua cadeia de alimentação. Segundo alertou em 2004 a revista científica Nature, até 37% de todas as espécies terrestres poderiam desaparecer antes de 2050.



Fonte: EFE