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Coletiva On Line do Dia Mundial da Água

Editoria: Vininha F. Carvalho 22/03/2006

[10:46:52] - Mário Mantovani - Dir. de Mobilização ( ENTREVISTADO ) FALA COM TODOS :
Caros amigos...estamos em Curitiba na COP 8 e prontos para coletiva

[10:49:45] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Hoje, 22 de março, é o Dia Mundial das Águas, criado em 1993 por uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), e se tornou a principal data para a reflexão sobre a conservação e o uso deste recursos natural. Nesta tarde,a Fundação SOS Mata Atlântica promove, na avenida Paulista, em São Paulo, uma ação de mobilização com 20 artistas, cujo objetivo é sensibilizar a população para a conservação da água e para a despoluição do Rio Tietê.


[10:54:02] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Dentro de alguns minutos, vamos iniciar a coletiva on-line da Fundação SOS Mata Atlântica, maior entidade ambientalista do Brasil. Os entrevistados são Mario Mantovani, diretor de Mobilização da ong, que está em Curitiba participando da COP-8, e Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas (programa de recursos hídricos da Ong), que está no México para o Fórum Mundial da Água. Ambos os eventos são promovidos pela ONU.


[10:55:54] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Na coletiva, Mantovani e Malu Ribeiro vão anunciar os principais resultados das ações desenvolvidas mundialmente pela conservação da água, um recurso natural que está escasseando. Previsões da ONU indicam que, em menos de 50 anos, 45% da população mundial não terá acesso mínimo a ela. Hoje, cerca de um bilhão de pessoas já não são abastecidas.


[10:57:26] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Na tarde de hoje, em Curitiba, Mantovani será um dos principais debatedores da mesa redonda “O mundo real das águas, os poluentes e a biodiversidade: a vida pede passagem”, durante a COP-8 no espaço do Fórum Global da Sociedade Civil. As perguntas para o diretor de Mobilização e para a coordenadora da Rede das já podem ser enviadas.

[10:59:29] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Faltam 3 minutos. A coletiva on-line terá duração de 1 hora. Quem quiser, já pode enviar as perguntas, que serão respondidas pela ordem de chegada


[11:04:10] - Vininha Felippo Carvalho ( Diretor - Del Valle Editoria - SP) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
É provável que a água se torne cada vez mais uma fonte de tensão e de uma feroz competição entre as nações, se a atual tendência se mantiver,como poderemos colaborar para que isto seja amenizado?


[11:04:39] - Rodrigo Girnys Cipriano ( Repórter - Diário do Grande ABC - SP - Santo André ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Quais são as principais preocupações hoje com relação a disponibilidade da água?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: as preocupações são com relação a dsiponibilidade e qualidade... problemas grandes com os mananciais nas regiões metropolitanas e nos municipios.. como na nossa região. Com isso o custo aumenta e as populações ficam privadas desse bem público... vale lembrar o disperdicio

[11:09:09] - Rodrigo Eloi da Silva ( Freelancer - Freelancers ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
Primeiramente, gostaria de parabenizar o Comunique-se por esta importante iniciativa. Quero questionar até que ponto A Gestão Participativa das Águas (junção de esforços dos governos estaduais, municipais e setores da sociedade civil) pode ser uma saída para amenizar a poluição dos rios do Brasil e mais especificamente as bacias hidrográficas do Estado de São Paulo?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A gestão participativa é uma conquista da sociedade civil na institucionalização das aguas no Brasil, no caso foi para romper a barreira do imobilismo que temos de transferir as responsabilidades apenas para o poder público.. precisamos fazer avançar essa conquista e formar quadros na sociedade para essa gestão compartilhada.... temos bons exemplos nos comites.. conselhos estaduais e no nacional

[11:13:12] - Daniela Micheleto Marques ( Editor-Chefe / Coordenador de Conteúdo - Setor 3 - SP ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
O relatório divulgado ontem pela ONU dá conta de que a agricultura é a principal ameaça às reservas de água doce do planeta. A impressão que eu tenho é que até hoje, vinha se falando muito mais nas grandes indústrias e na poluição produzida pelo uso doméstico. Gostaria de saber portanto, se os entrevistados concordam com esse dado do relatório e quais as medidas que podem ser tomadas para minimizar os danos resultantes do uso da água


[11:14:41] - Nádia Timm de Lima ( Editor - Nádia Timm - Revista Eletrônica - GO ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
Quais as principais ações pela conservação da água?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: devemos repartir as responsabilidades ... do governo agora é hora de implementar o plano nacional de recursos hídricos... dos comites de bacias fazerem seus planos de bacias e muita educação ambiental.. e pra nós cidadãos os cuidados basicos como não desperdiçar agua e cuidar desde o banho .. não lavar calçadas etc,,,

[11:16:03] - Mário Mantovani - Dir. de Mobilização ( ENTREVISTADO ) FALA COM TODOS :
caros... nesse instante o MST esta fazendo uma mobilização na porta do expotrade center e o Governador Requião esta negociando para os militantes terem acesso a area da feira


[11:21:28] - Waldemar Cezar ( Diretor - Página 3 - SC - Balneário Camboriú ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
É amplo o questionamento sobre a privatização dos sistemas de água e esgoto, mas está provado que na mão do poder público, em especial empresas estaduais, a coisa não funciona, embora essas empresas públicas tenham enorme potencial de lucro. Como solucionar isto?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Esse é o principal tema do mexico e no brasil temos as ilhas de excelencia nas estatais como a Sabesp com ações na bolsa de são paulo e Nova York com responsabilidade social ... municipios de muito boa gestão atraves da Assemae e ainda o ranço na maioria dos municipios que não investem, porque cano enterrrado não da voto e não cobrar a agua para ter eleitores e não tratam esgotos e jogam in natura nos rios... a gestão nos comites e a participação da sociedade pode mudar isso .. precisamos promover o tema na sociedade e mudar esse quadro

[11:25:14] - Daniela Micheleto Marques ( Editor-Chefe / Coordenador de Conteúdo - Setor 3 - SP ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Em que fase encontra-se o Núcleo União Pró-Tietê e quais são os próximos passos?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: O NPT esta agora acompanhando as negociações para a segunda parte da Segunda Etapa do Projeto Tiete de mais 500 milhões dedolares para ligação dos esgotos das casas com os sistemas e estações ja construidos e fazendo educação ambiental e acompanhamento critico do Projeto,,, esse é o unico projeto do BID Banco Interamericano e dos grandes projetos de saneamento do brasil que tem a participação da sociedade civil.. nossas credenciais são mais de um milhão e duzentas mil assinaturas da população na maior mobilização por um rio que se tem noticias


[11:30:11] - Mônica Montenegro ( Repórter - Rádio Câmara FM 96.9 -DF ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Como administrar o cenário cada vez mais próximo de estresse hídrico, em cidades como Brasília, sendo que cada vez mais as águas subterrâneas são utilizadas sem controle?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Muito boa pergunta... a falta de controle das aguas subterraneas sem um cadastro e um controle de outorga compromete os lençoes com super exploração e o pior dos mundos com contaminação é preciso lembrar que não temos tecnologia disponivel para esse tipo de despoluição... mas outro fator importante é a proteção dos mananciais e nisso o brasil tem indices de quarto mundo ou então da epoca medieval... mais de 90% dos esgotos são jogados diretamente nos corpos de agua .. precisamos criar incentivos munícipais para os cidadãos que protegem em a vegetação em suas propriededes e quintais para terem isenções de iptu...por exemplo

[11:33:35] - Mayumi Senra Aibe ( Repórter - Infoglobo Comunicação - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Qual é o passo seguinte? Como os entrevistados acreditam que podem ser implementadas as soluções apresentadas no Fórum Mundial da Água e no COP8?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Fica cada vez mais claro que a participação da sociedade é determinante... esses temas são muito importantes para ficar apenas nas mãos do governo, quando se fala em proteger a água precisamos lembrar da água com seu universo dos organismos vivos, peixes, algas, larvas, são indicadores de qualidade ambiental e consequentemente pra nossa vida. isso a população precisa entender e todos temos um papel muito grande, governo, sociedade, cientistas em traduzir essas informações pra fazer parte de nossas vidas

[11:36:09] - Mayumi Senra Aibe ( Repórter - Infoglobo Comunicação - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Mário, como vc acha que o Brasil pode solucionar o conflito entre a privatização da água e o direito humano ao acesso?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A Convenção Dublin tem sido mencionada e ratificada na conferencia do México e ela diz que claramente que em casos de confitos privilegie o uso para consumo humano, o que precisamos é de regras claras e transparentes nos comitês de bacias e nos planos de bacias para poder estabelecer os possíveis e sua gestão


[11:38:17] - Daniela Micheleto Marques ( Editor-Chefe / Coordenador de Conteúdo - Setor 3 - SP ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
O que o Brasil tem para comemorar neste 22 de março? Você pode destacar um ou dois fatores mais importantes?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Legislação de Recursos Hídricos que foi uma conquista da sociedade. Pode-se pensar que o Brasil tem leis demais e muito modernas, mas essa legislação da água tem um diferencial que sua principal base é a repartição de responsabilidades e temos de superar a gestão centenária e centralizada dos órgãos públicos que ainda não entenderam a participação da sociedade e continuam fazendo de forma centralizada e sem a promoção do tema na sociedade

[11:41:48] - Michelle Glória Coelho Pinto ( Colaborador - Jornal do Brasil - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
O governo federal está em vias de implementar a A3P (a Agenda Ambiental na Administração Pública)que prevê o uso racional da água dentro da Administração Pública. A idéia é extravasar o consumo sustentável da água para o resto da sociedade. Como a Sos Mata Atlântica poderia colaborar (junto com o governo) em campanhas de conscientização da sociedade brasileira para o uso racional da água?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: O govenro não faz mais que a obrigação. Se não tiver esse exemplo que vem "de cima" fica mais complicado em provocar a cada cidadão. Nós temos trabalhado muito com o governo de São Paulo, sendo críticos ao seu maior projeto de despoluição, mostrando as responsabilidades de cada um de maneira transparente e tendo a educação ambiental como principal ferramenta de cidadania, são mais de 7 mil pessoas organizadas em 300 grupos e mobilizadas para a qualidade da água e com isso promovemos a participação de quase 1/3 dos segmentos organizados da sociedade civil nos comitê de bacias.


[11:45:49] - Rodrigo Girnys Cipriano ( Repórter - Diário do Grande ABC - SP - Santo André ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
O conceito de que a água é um recurso ilimitado já não é mais utilizado. Vários fatores contribuiram para mudança dessa realidade, como crescimento desordenado da população e a poluição, que limita cada vez mais os recursos hídricos. Diante desse cenário, é possível determinar até quando ainda teremos água própria para o consumo?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Em um cenário como este o conflito já está estabelecido e no caso da região metropolitana já não temos mais água própria para consumo nos mananciai em quantidade e qualidade sem tratamento. A pergunta ue se faz é: até que limite vamos comprometer os manaciais. O exemplo mais determinante foi a aprovação do Rodoanel de forma truculenta passando por cima dos comitês de bacias sem ter ainda as leis específicas aprovadas e sabendo que olimite de produção de água em São Paulo é de 60m³ / s e o sistema Cantareira com mais de 50% de contribuição comprometidos e querendo sua água de volta. A sociedade vai pagar caro por isso!

[11:51:15] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
A Malu, que está no México, como vcs sabem, está tendo alguns problemas para se conectar. Peço desculpas. Estamos tentando resolver


[11:51:41] - Waldemar Cezar ( Diretor - Página 3 - SC - Balneário Camboriú ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Mario, mobilizar um milhão de pessoas pelo Tietê é até pouco se comparado com a população que vive ao longo do rio. O problema não seria maior nas pequenas bacias, ou nas escassamente povoadas, onde as pessoas nem sabem o significado dos comitês de bacias hidrográficas, comitês esses que sequer se reunem regularmente?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: São casos distintos. SãoPaulo foi muito mais fácil de mobilizar porque as pessoas sofrem diretamente a influência do rio nos congestionamentos provocados pelas enchentes e a impermeabilização da cidade,pelas doenças e a má qualidade de vida. Conseguimos tudo isso com o apareciemnto de um jacaré nas águas poluidas que chamou mais a atenção que criança morta na água... são casos de comoção pública e ainda outros fatores podem desengatilhar mecanismo sociais e sem controle em regiões metropolitanas. Mas concordo quando se diz que nas pequenas bacias e sem estrutura institucional fica dificil, mas temos um exemplo bom que é das micro-bacias que precisam ser melhor promovidos. Esse tipo de gestão é uma forma de engajamento que parte da cultura local. As minhas melhores experiências foram com as micro-bacias e a partir daí criamos os consórcios intermunicipais nos anos 80 como uma forma de desobediência civil com relação a gestão centralizada de recursos hídricos que conhecemos

[11:54:12] - Mayumi Senra Aibe ( Repórter - Infoglobo Comunicação - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Quais seriam as regras ideais para a prizatização das águas?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Participação da sociedade é a principal, não só através de conselhos mas com controle social por ser um bem público. A garantia de acesso a todos é regra universal (acesso garantido até mesmo a aqueles que não podem pagar).


[11:55:28] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
A Malu continua com problemas de conexão. Mas, mesmo que ela não consiga entrar na sala, ela responderá por e-mail as perguntas de todos.


[11:56:10] - Keite Camacho ( Repórter - Agência Brasil - DF ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Essa legislação sobre as águas é adequada? Em relação aos demais países, como podemos considerar as leis brasileiras sobre o assunto? Alterando a legislação é possível melhorar as condições futuras, como a tão falada escassez do bem?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A legislação é extremamente adequada , a base de nossa legislçaõ é a francesa que foi contextualizada e está melhor aprimorada do que as legislações européias. Porém é muito nova e faltam instrumentos adequados para sua operacionalização e regulamentação.


[12:00:08] - Bruno Moreno ( Repórter - Hoje em Dia - MG ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
Caros entrevistados, como está a situação das águas subterrâneas no Brasil? Em Minas, um estudo preliminar do órgão ambiental, dá conta de que muito lençóis freáticos estão contaminados. Esse cenário se reproduz em todo o país? O que é possível ser feito e o que está sendo feito para proteger essas águas?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Sim, infelizmente este cenário se reproz em todo o país. nas regiões metropolitas pelo custo da água, o comprometimento fica evidente, por exemplo, com usos não "nobres": posto de gasolina que contaminam com a lavagem e a troca de óleo dos carros. Ainda temos as produções hortifrutigranjeira. o que sepode fazeré um cadastramento completo informando a sociedade, tema de negociação nos comitês e infelizmente não tem sido feito nada para esse tipo de contaminação.

[12:02:10] - Vininha Felippo Carvalho ( Diretor - Del Valle Editoria - SP ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Em uma época em que a escassez de água em muitas regiões representa uma ameaça para a segurança alimentar e para o sustento e saúde das pessoas e animais, a situação das bacias hidrográficas melhoraria se as montanhas fossem administradas com uma ótica hidrológica e sócio-econômica?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A adminitsrção de nossas montanhas precisa ser a partir de diagnósticos hidrogeomorfológicos e que contemplem a participação ativa da sociedade através de um controle social eficaz. São nas montanhas que estão localizadas nossa s nascentes e divisas de bacias e por isso merecem uma proteção especial.


[12:03:15] - Keite Camacho ( Repórter - Agência Brasil - DF ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
Essa legislação sobre as águas é adequada? Em relação aos demais países, como podemos considerar as leis brasileiras sobre o assunto? Alterando a legislação é possível melhorar as condições futuras, como a tão falada escassez do bem?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A legislação é muito adequada porém muito nova. Faltam instrumentos para sua operacionalização e regulamentação, além do fortalecimento dos comitês de bacia. A base de nossa lei é francesa, porém conseguímos avançar ainda mais que a própria FRANÇA.

[12:04:28] - Mayumi Senra Aibe ( Repórter - Infoglobo Comunicação - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
E quais são as perspectivas de a legislação brasileira ser implementada adequadamente a médio prazo?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Sâo boas. O Brasil acaba de aprovar um Plano Nacional de Recursos Hídricos. Possui mais de 20 comitês nacionais com planos de bacias. Algumas agëncias já foram instaladas e a cobrança pelo uso da água está se efetivando. Precisamos garantir a participação da sociedade como determinante.

[12:05:56] - Beth Guaraldo ( MEDIADOR ) FALA COM TODOS :
Caros, o Mario vai responder + duas perguntas. Depois vamos encerrar. As perguntas dirigidas a Malu serão respondidas por e-mail.

[12:06:06] - Bruno Moreno ( Repórter - Hoje em Dia - MG ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização :
Mário, qual será o grande fruto da Cop 8? Como o Brasil está se saindo?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A grande palavra nesta COP é IMPLEMENTAÇÃO. Temos um bom acordo que é a Convenção sobre a Diversidade Biológica, porém cada um dos países membros precisam fazer a sua lição de casa. Como conquistar uma boa implementação é a chave para o sucesso desse regime. O países megadiversos precisam ser reconhecidos e para isso precisam ter boa vontade política para isso.


[12:07:46] - Mônica Montenegro ( Repórter - Rádio Câmara FM 96.9 - DF ) pergunta para Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas :
Bom dia! O Plano Nacional de Recursos Hídricos, anunciado pelo governo no início do mês, é considerado por algumas ONGs um avanço na área. Gostaria de saber a opinião de vocês e quais os desafios para a implementação.

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: Sim é um avanço por contemplar inclusive a questão de águas e florestas. O maior desafio é a efetivação dos comitês de Bacias funcionando ativamente cada um com seu Plano de Bacia que foca os problemas regionais indo até mesmo no detalhamento das microbacias, contendo ainda metas efetivas de implementação para a solução de cada um dos seus problemas.

[12:10:36] - Mayumi Senra Aibe ( Repórter - Infoglobo Comunicação - RJ ) pergunta para Mário Mantovani - Dir. de Mobilização : E como vc encara a participação da sociedade hoje? Está evoluindo? Em que ritmo?

Mário Mantovani - Dir. de Mobilização responde: A sociedade tem um espaço garantido nos comitês de bacia. Precisamos lutar agora pela qualificação desta sociedade para que possa efetivamente participar das tomadas de decisão. O ritmo anda é lento devido a falat de compreensão dos governos sobre a importância da garantia desse espaço e devido a burocracia que ainda persiste.


[12:12:57] - Malu Ribeiro - Coord. Progr. Rede das Águas ( ENTREVISTADO ) fala para todos :
Caros, agradecemos a participação de todos.

Fonte: Portal Comunique-se