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Febre maculosa requer proteção individual

Editoria: Vininha F. Carvalho 27/01/2006

O aparecimento de mais casos de febre maculosa aponta a necessidade de a população se informar sobre como se prevenir do ataque de insetos transmissores de doenças. No verão – e em férias no campo ou em praias , o risco é ainda maior

Prevenção: esta a palavra que está faltando nas notícias das
últimas semanas sobre a febre maculosa, uma doença até então
desconhecida da maioria das pessoas e que, como a dengue, assusta
porque mata.

Esperar que medidas de saúde pública tomadas pelo governo venham a resolver a questão, para que possamos nos sentir mais tranqüilos, certamente não é a melhor forma de lidar com esta ameaça.

Publicações médicas recomendam o uso individual de repelentes que
tenham uma concentração mínima de 50% do DEET (dietiltoluamida), o princípio ativo para esta proteção. Todas as áreas expostas do corpo devem ser protegidas. E como os insetos picam também através das roupas, impregná-las com repelentes é outra medida necessária.

Dos produtos disponíveis no Brasil, no entanto, apenas um – fabricado pelo Laboratoire Osler, francês, atende a esta especificação enfatizada pela literatura médica.

"Os outros não ultrapassam os 15%", diz Paulo Guerra, diretor técnico do Laboratório Osler do Brasil. "Está aí o motivo por que, mesmo usando repelentes, as pessoas não escapam de picadas de insetos quando vão a lugares silvestres ou onde haja muitos insetos", diz ele.

Até o emprego de perfume na composição do produto, para disfarçar o cheiro do princípio ativo, é prejudicial, pois os insetos se sentem atraídos por fragrâncias.

Pesquisa do Departamento de Dermatologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), sob a orientação do dematologista Hélio Miot, atestou a eficácia do Exposis Pele, comparando-o com produtos naturais à base de andiroba e óleo de soja.


Quem deve se proteger

Setecentos milhões de pessoas por ano adquirem doenças transmitidas por insetos em todo o mundo. Só os mosquitos são responsáveis pela morte de uma entre cada 17 pessoas (dados da Organização Mundial de Saúde).

O carrapato estrela, transmissor da febre maculosa, é encontrado em vegetação rasteira e aguarda apenas a passagem de algum animal (o homem inclusive) de sangue quente para se alojar. Por isso, quem freqüentar ambientes rurais, a trabalho ou de férias, deve aplicar nos pés e pernas, principalmente, um repelente eficaz, além de proteger-se com roupas também impregnadas com o repelente (do joelho para baixo).

Contra o mosquito da dengue, a proteção eficaz depende da aplicação do repelente em toda área exposta do corpo. E, como o inseto pica também através do tecido, é necessário o uso de roupas em que foi aspergindo o repelente. O Exposis, da Osler, resiste a cinco lavagens de roupa, o que torna seu uso econômico.