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Japão consegue maioria na comissão de caça à baleia

Editoria: Vininha F. Carvalho 20/06/2006

A proibição mundial de caça às baleias, em vigor há 20 anos, continua intacta, mas a CIB - Comissão Internacional da Baleia entra em um território desconhecido, com a maioria dos países-membros dispostos a derrubar a moratória. Numa votação realizada no domingo (18/6), Japão e países da África e do Caribe conseguiram aprovar, por 33 votos a 32, uma resolução simbólica que admite o retorno à matança comercial de baleias.

Embora o grupo japonês ainda não tenha a maioria de 75% dos votos, necessária para efetivamente derrubar a proibição, a vitória deu aos países que defendem a caça das baleias um impulso inédito.

Japão, Noruega, Islândia e Rússia, entre outros países com tradição de caça às baleias, já admitem o objetivo de transformar a CIB em um organismo voltado para o manejo racional da população de baleias, em vez de ser um protetor incondicional dos cetáceos.

"Não nos vingaremos dos países contrários à caça", disse o porta-voz da delegação japonesa, Joji Morishita. "Este é o início de um processo racional de retorno da CIB ao papel de organização de manejo".

Vassili Papastavrou, biólogo da Fundo Internacional de Bem-Estar Animal, disse que nada mudará, já que Japão e Islândia já matam baleias sob o pretexto de pesquisa científica e a Noruega ignora a proibição baixada em 1986. "Com ou sem votação, 2.400 baleias serão mortas nos próximos 12 meses", disse.

As nações que lideram o movimento pró-caça comemoraram a vitória simbólica. Após anos encorajando países pequenos a aderir à CIB - e oferecendo ajuda econômica, essas nações finalmente ganharam legitimidade numa organização dominada, há tempos, pelos defensores das baleias.

Fonte: AP