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Biólogos pedem a criação do Parque do Pleistoceno

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/05/2006

Uma equipe de biológos americanos defende a criação de um imenso "Parque do Pleistoceno" nos Estados Unidos. O local abrigaria elefantes, leões, lobos-tigres, camelos e outros distantes "primos" de animais desaparecidos da América do Norte há 13 mil anos, afirma a revista Nature.

Segundo Josh Donlan e sua equipe da Universidade de Cornell, em Ithaca (Nova York), no pleistoceno, a grande fauna do continente americano possuía espécies que hoje só existem na África ou na Ásia. Entre elas, há várias espécies de elefantes, como mamutes e mastodontes, de leões, de lobos-tigres, de cavalos e de camelos selvagens. O homem começou a contribuir para a extinção dessas espécies há bastante tempo, antes da chegada de Cristóvão Colombo à América.

Para os cientistas, o parque teria a função de reparar um erro moral coletivo da humanidade e, ao mesmo tempo, evitar, graças a uma abordagem global, o desaparecimento de outros animais similares, hoje ameaçados em outras regiões do mundo.

Os elefantes da Ásia e da África, assim como os leões da África e os camelos selvagens da Mongólia, não são geneticamente idênticos àqueles que habitavam a América do Norte. Mas isto não seria suficiente para impedi-los de encontrar um lugar nos Estados Unidos. O lobo-tigre da África, por exemplo, poderia vantajosamente substituir aquele que em outras épocas caçava os antílopes da América.

Os animais para o projeto já existem em grande parte nos zoológicos e em outros criadouros dos Estados Unidos, asseguram os biólogos. Além disso, cerca de 77 mil grandes mamíferos, a maioria de origem africana ou asiática, já transitam livremente pelos ranchos do Texas e o homem cada vez mais abandona as grandes planícies em direção a áreas urbanas.

A equipe de Donlan está convicta de que o "Parque do Pleistoceno" também será viável no plano econômico: a parte "safari" do zoológico de San Diego, explicam os pesquisadores, recebe mais de 1,5 milhão de visitantes por ano, bem mais que a maioria dos parques nacionais naturais dos Estados Unidos.

Fonte: AFP