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Três espécies deixam a lista de animais ameaçados

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/05/2006

A merluza (Merluccius hubbsi), o peroá (Balistes capriscus) e o tubarão-golfinho (Lamna nasus) estão fora da Lista Brasileira da Fauna Ameaçada de Extinção. Além disso, o vermelho (Lutjanus analis), o molusco búzio-de-chapéu (Strombus goliath), o tubarão-azeiteiro (Carcharhinus porosus), o tubarão-toninha (Carcharhinus signatus) e o tubarão-galha-branca-oceânico (Carcharhinus longimanus) passam a ser classificados como espécies sobreexplotadas, pescadas ou capturadas acima da sua capacidade natural de renovação, e não mais como diretamente ameaçadas de extinção.

As alterações na lista foram avaliadas e aprovadas por técnicos e pesquisadores do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, da Secretaria de Aqüicultura e Pesca, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, das sociedades brasileiras de Zoologia, de Ictiologia, de Estudos de Elasmobrânquios, de Microbiologia, Botânica do Brasil, da Rede de Jardins Botânicos, da Sociedade de Zoológicos do Brasil e da Fundação Biodiversitas.

Outras alterações na lista são a substituição da espécie sobreexplotada Brazchyplatystoma filamentosum (dourada) pela Brazchyplatystoma rousseauxii (dourada) e a troca da referência genérica Semaprochilodus spp pelas espécies sobreexplotadas do peixe jaraqui Semaprochilodus insignis e Semaprochilodus taeniurus.

De acordo com o gerente de Recursos Genéticos do MMA, Lídio Coradin, as alterações foram solicitadas pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, no final de abril deste ano, à Secretaria Permanente de Espécies Ameaçadas de Extinção e de Espécies Sobreexplotadas ou Ameaçadas de Sobreexplotação, vinculada à Conabio - Comissão Nacional da Biodiversidade. Foram enviados 17 pedidos de modificações, mas além das nove divulgadas não houve consenso para outras sete, entre elas quatro tipos de cação, raia viola, lagostim e tubarão-lixa, que continuarão sob análise. A Câmara também decidiu manter o peixe conhecido como namorado, de alto valor comercial, entre as espécies sobreexplotadas e não eliminá-lo da lista, como havia sido pleiteado.

As listas brasileiras de fauna e flora ameaçadas de extinção são revisadas a cada cinco anos. A última lista de peixes foi divulgada em maio de 2003. No entanto, qualquer pessoa, a qualquer momento, pode solicitar a retirada ou a inclusão de uma espécie da lista, o que será analisado pela Câmara dos Deputados.

Fonte: MMA