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Três novas espécies marinhas são descobertas na Antártida

Editoria: Vininha F. Carvalho 16/03/2007

Biólogos da Universidade de Alicante, no leste da Espanha, participantes de várias expedições do navio oceanográfico Hespérides, descobriram três novas espécies de animais que vivem no fundo marinho da Antártida e que pertencem ao grupo das Ascídias.

Estas descobertas são fruto de quatro temporadas na embarcação subpolar correspondentes aos anos 1994, 1995, 2003 e 2006 realizadas por biólogos do departamento de Ciências do Mar e Biologia Aplicada da Universidade de Alicante.

O biólogo Alfonso Ramos disse à Efe que estas três novas espécies do oceano glacial Antártico catalogadas são um Didemnidae encontrado a uma profundidade de entre 900 e mil metros no mar de Bellingshausen, um Polyclinidae achado perto da península Antártica a cerca de 200 metros e um Styelidae proveniente do setor argentino.

As três espécies fazem parte do grupo de organismos das Ascídias, formado por cerca de 3 mil espécies diferentes no mundo que são parentes muito próximas dos vertebrados, apesar de se encontrarem fixadas aos fundos marítimos e terem uma aparência parecida com a das esponjas.

Trata-se de animais que vivem em águas próximas ao 0ºC, se alimentam através da filtragem da água e têm grande valor dentro da biodiversidade por aumentar a heterogeneidade dos fundos marítimos.

Para Ramos, os fundos marinhos da Antártida são "paraísos da vida marinha, já que, embora o continente seja gelado e conte com uma vida muito limitada, sob a água há verdadeiros oásis com uma grande riqueza de espécies e abundância de indivíduos em cada uma delas".

Ramos explicou que o Hespérides conta com o máximo de comodidade para o desenvolvimento do trabalho científico e comentou que as expedições são realizadas durante um ou dois meses a partir de dezembro, no verão austral, em que a temperatura média atmosférica é de entre zero e -5ºC.

Fonte: EFE