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Brasil coordenará plano de combate à desertificação em países da CPLP

Editoria: Vininha F. Carvalho 30/03/2007

O Brasil começa a coordenar a partir desta semana a elaboração de planos de combate à desertificação e degradação de solo em nações que integram a CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Serão realizados trabalhos conjuntos entre os oito países para que os primeiros resultados sejam apresentados na COP - Conferência das Partes, com realização prevista para o mês de setembro, em Madri, na Espanha.

Além do Brasil, compõem a CPLP Angola, Portugal, Timor-Leste, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau. Para comandar as equipes foi indicado também um brasileiro, o coordenador-técnico do Programa de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, José Roberto Lima.

"Os planos de combate à desertificação e degradação do solo em toda a comunidade terão como modelo o relatório brasileiro, que contempla não só a implementação de programas, mas também a captação de recursos", diz Lima.

A escolha do Brasil como coordenador ocorreu durante a 5ª Sessão do Cric - Comitê de Revisão da Implementação da UNCCD - Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, realizada de 12 a 21 de março em Buenos Aires.

Dois dos países que compõem a CPLP, Angola e Moçambique, possuem extensos territórios na África, continente assolado por problemas decorrentes de aridez e degradação do solo, fator que evidencia a responsabilidade brasileira na construção de planos para mitigar seus efeitos. O trabalho será formulado em conjunto com a GTZ, a agência de cooperação técnica alemã, umas das principais parceiras do Brasil em programas ambientais.

Também na capital argentina ficou definida a coordenação do Brasil para auxiliar a elaboração do mesmo plano para os países da América Latina e Caribe, inclusive a reprodução, na América Central, do Programa Um Milhão de Cisternas, que foi constituído com participação do MMA. O projeto Um Milhão de Cisternas é baseado na mobilização social para possibilitar a convivência com o semi-árido.

Para auxiliar o Paraguai, que sofre com degradação de solo, o Brasil intermediará diálogos com agências internacionais de doadores. O objetivo é que essas agências adotem no vizinho as mesmas políticas aplicadas em programas brasileiros.

O grupo de trabalho de combate à desertificação do Mercosul apresentará seus resultados antes da próxima reunião dos ministros do Meio Ambiente da região, prevista para o segundo semestre.

As indicações do Brasil para coordenar trabalhos em diferentes blocos é conseqüência do reconhecimento conferido ao PAN - Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, do governo brasileiro, apresentado durante a sessão do Cric em Buenos Aires.

Fonte: MMA