Editoria: Vininha F. Carvalho 03/10/2007
Adotar não basta, tem que ser responsável
Muitas pessoas vão aos abrigos adotar animais e depois acabam se arrependendo. Vou contar a história do meu pai que adotou um cachorrinho. Na realidade era de um amigo dele, mas o Dunga sempre seguia o meu pai.
A distância das casas eram de 4 quilômetros e o Dunga ia todos os dias para a casa do meu pai. Depois de um tempo, o dono dele deixou ele ficar com o meu pai.
Eu sempre fui louca por animais, desde pequena, até estranhei quando meu pai me disse que tinha arrumado um cachorro. Justo ele que sempre brigava comigo, que eu tinha muitos, que alimentava cães na rua.
Meu pai era motoqueiro, ele colocou uma caixa de ferramentas na traseira da moto dele, aonde ele levava o Dunga junto, muito fofo.
Então, uma pessoa que fala que nunca vai gostar de um cachorro, pode estar muita errada. Meu pai nunca admitiu dormir com um cachorro, e ele dormia com o Dunga, eram os melhores amigos.
Hoje o Dunga está sozinho, pois meu pai faleceu, mas ele esta na mesma casa, e faz todos os dias o caminho que meu pai percorria com ele de moto. O inquilino cuida dele pra mim.
O Dunga fez toda a diferença na vida do meu pai que era sózinho, não trouxe ele para São Paulo comigo, pois ele esta acostumado a ficar livre e todos conhecem ele lá, afinal de contas quem mais andava com um cachorrinho na garupa? Então, meu pai que nem gostava tanto de animais, adotou um que foi seu melhor amigo durante anos e mudou totalmente a vida dele. O Dunga fez do meu pai uma pessoa mais responsável. Afinal , eu já nem sei quem tinha adotado quem, um completava o outro.