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Níquel na lavoura pode diminuir doenças e tornar atividade agrícola mais sustentável

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/10/2007

A utilização de Níquel (Ni) nas plantações, elemento que começa a ser compreendido como micronutriente essencial às culturas, pode incrementar a produtividade da lavoura, diminuir a ocorrência de doenças como a ferrugem asiática, e pode ainda melhorar a sustentabilidade da atividade agrícola, afirma o pesquisador norte-americano Bruce Wood, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA – sigla em inglês) no estado da Geórgia.

Wood, que desenvolve pesquisas sobre aplicações do elemento na agricultura, esteve no Brasil na última semana, a convite da Produquímica, para participar do Simpósio sobre Problemas de Nutrição e de Doenças de Plantas na Agricultura Moderna.

O evento, realizado em Piracicaba (SP) pelo International Plant Nutrition Institute (IPNI Brasil), reuniu mais de 200 pesquisadores e técnicos, que discutiram alternativas para gerir a produção agrícola nacional com sustentabilidade.

Neste objetivo, Bruce acredita que a utilização do Níquel como micronutriente (já recomendado pela American Association of Plant Food Control Officiais e citado como “essencial” na Instrução Normativa nº. 05 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) pode ser uma importante contribuição, especialmente para a redução do uso de defensivos na lavoura.

Segundo o especialista, já existem evidências de que o Níquel participa do metabolismo do nitrogênio e também tem papel na resistência da planta às doenças. “Temos verificado que a oferta de Níquel tem sido cada vez mais determinante na produtividade de diferentes espécies cultivadas”, afirma. No caso da soja, acrescenta o especialista, é possível esperar incremento de até 15% na produtividade, com uso adequado do Níquel.

As descobertas de Wood, que conduziu experimentos com noz pecan, mudas ornamentais e para reflorestamento em seu país, apontam que cada espécie requer quantidades ideais de Níquel, balanceadas para evitar competição com outros micronutrientes.

Em todos os experimentos, os melhores resultados foram sentidos quando a aplicação foi feita por pulverização foliar de solução de Sulfato de Niquel (NiSO4), em relação à aplicação direta no solo. A técnica elimina problemas como insolubilização, absorção e inibição competitiva, especialmente em regiões que já utilizam outros micronutrientes há tempos.

Este é o caso da Geórgia, que utiliza Zinco há mais de 50 anos na agricultura. “Muitos dos problemas relacionados à deficiência de Níquel na planta estão associados às aplicações sucessivas, e em quantidades inadequadas, de micronutrientes.

Contudo, para estes casos, existem estratégias compensatórias que podem equilibrar a absorção de todos os micronutrientes, que estamos aprimorando”, afirma Wood.

O pesquisador também vê aplicações muito promissoras do uso de Níquel no controle da ferrugem asiática. Se confirmada esta possibilidade, o Níquel pode contribuir para a diminuição do uso de fungicidas na lavoura, tornando a agricultura mais sustentável.

“Atuando no controle de doenças e com influência direta na produtividade, é de se esperar que o níquel se torne cada vez mais importante para a agricultura”, considera o pesquisador.



Fonte: Texto Assessoria de Comunicações