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Os pesquisadores do Instituto Butantan fazem nova descoberta

Editoria: Vininha F. Carvalho 08/07/2008

Os pesquisadores do Laboratório de Biologia Celular do Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Carlos Jared e Marta Antoniazzi, em conjunto com pesquisadores de instituições internacionais, confirmaram que filhotes de uma espécie brasileira do anfíbio sem patas, conhecido como cobra-cega, tem o mesmo comportamento de uma outra espécie africana, alimentando-se da pele da mãe, desde a saída do ovo até se tornarem independentes. Esse comportamento, denominado "dermatofagia", foi descrito em abril de 2006 e publicado na revista Nature.

Os resultados desta nova pesquisa comprovam que este tipo de comportamento alimentar tem aproximadamente 100 milhões de anos, ou seja, originou-se antes da separação dos continentes africano e sul-americano.

A suposição é de que as cobras-cegas brasileira e africana tenham possuído um ancestral comum, que vivia no antigo supercontinente Gondwana (formado, principalmente, pela América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia) e que já devia apresentar a dermatofagia.

A pesquisa, realizada em cativeiro, descreve os dentes especializados dos recém-nascidos, usados para remover a pele da mãe. Mostra, ainda, de forma inédita, que os mesmos sugam avidamente um líquido viscoso que a mãe solta pela cloaca, possivelmente para complementar suas necessidades nutricionais.

A pesquisa está na edição online do dia 11 de junho da publicação científica britânica Biology Letters. O Instituto Butantan fica na avenida Vital Brasil, 1500, no bairro do Butantã, Zona Oeste da capital.



Fonte: AssCom Social do Instituto Butantan