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Projeto Papagaio-Verdadeiro visa impedir a extinção da espécie

Editoria: Vininha F. Carvalho 28/08/2009

Considerado o “melhor falador“ do Brasil e o terceiro entre todos os psitacídeos, o Papagaio Verdadeiro ganha um mês só para ele. De 1 a 30 de setembro, todas as pessoas que visitarem o Refúgio Ecológico Caiman (REC) terão a oportunidade de conhecer a fundo esta espécie, vivenciando o programa temático Papagaio-Verdadeiro, com saídas a campo com os pesquisadores do projeto por meio período, como também aprender sobre a biologia e ecologia da espécie, visando sua preservação.

Coordenado pela zootecnista e doutoranda em Ecologia e Conservação/UFMS, Gláucia Seixas, o Projeto Papagaio-Verdadeiro foi fundado em 1997 e tem como objetivo chamar a atenção para um importante aspecto: a retirada desses animais da natureza, sem nenhum critério, e a destruição do ambiente onde vivem que podem vir a contribuir para a extinção da espécie. Além de mostrar os danos que o homem vem causando à natureza, decorrentes do tráfico de animais silvestres.

Muitos resultados já foram produzidos ao longo desses anos, incluindo informações sobre: monitoramento de papagaios apreendidos e soltos com o uso de radiotransmissor; monitoramento de ninhos, ovos e filhotes de papagaios de vida livre; monitoramento de dormitórios coletivos de papagaios nativos e verificação do padrão de atividade diária dos papagaios e o uso dos recursos naturais para alimentação e reprodução.

Todas as atividades são desenvolvidas com o apoio de uma equipe composta por biólogos, médico-veterinários, zootecnistas e auxiliares de campo. O projeto é executado por uma Organização Não Governamental de Mato Grosso do Sul, a Fundação Neotrópica do Brasil.

O grande diferencial do REC, além do conforto oferecido em pleno Pantanal, está na preocupação com a contemplação à fauna e flora brasileiras, sem que exista invasão aos hábitos e privacidade dos animais e plantas.

Sobre o Refúgio Ecológico Caiman:

Com uma área de aproximadamente 53 mil hectares, a Estância Caiman, hoje Refúgio Ecológico Caiman (REC), surgiu em 1985. A denominação de REC visa reunir as três atividades que dividem o mesmo espaço físico: Estância Caiman, Pousada Caiman (operação de ecoturismo pioneira no Pantanal de Mato Grosso do Sul) e Programa de Conservação da Natureza, que além de parceiros com diversos projetos científicos como o Projeto Arara-Azul, Projeto Onça-Pintada e o Projeto Papagaio-Verdadeiro, desenvolve amplo contato e intercâmbio com universidades e mantém uma Reserva Particular de Patrimônio Natural de 5, 6 mil hectares.

Todas essas atividades têm como objetivo, a troca de informação e experiências, com uma gradual interdependência entre todas elas. O resultado é o maior controle das ações econômicas e ambientais, que deverão sempre procurar atingir a sustentabilidade da presença do homem no Pantanal, em harmonia com o meio ambiente.







Fonte: Heloísa Gonçalves