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A Leishmaniose Viral não tem tratamento liberado pelo Ministério da Saúde

Editoria: Vininha F. Carvalho 05/03/2010

Temida por todos os proprietários, a doença que não tem tratamento liberado pelo Ministério da Saúde pode ser prevenida com vacinação, controle populacional do mosquito transmissor e uso de repelentes, afirma o médico veterinário Marcelo Quinzani.

Popularmente conhecida como Calazar, é uma doença causada por um protozoário do gênero Leishmania, que é transmitido pela picada do inseto flebótomo, o mosquito palha.


Os cães e os animais silvestres são os principais reservatórios da doença, porém a doença afeta também seres humanos, sendo, portanto uma zoonose.

Os animais contaminados podem apresentar desde ausência de sinais clínicos até alterações importantes como febre intermitente, perda de apetite, perda de peso, prostração, conjuntivite e perda de pelo ao redor dos olhos, alterações da pelagem (eczema, descamação, perda da qualidade e volume do pelo, úlceras), crescimento exagerado das unhas, entre outros.

Não sendo o tratamento liberado pelo Ministério da Saúde como forma de controlar os animais portadores, a recomendação é a eutanásia de todos os animais positivos, informa o veterinário.

Prevenção:

- O combate ao inseto vetor no peridomicílio e intradomicílio, mantendo a casa e o quintal sempre limpos (recolher as folhas, frutos, troncos, raízes, fezes de animais);

- Vacinação de cães sadios e sorologicamente negativos;

- Uso de coleiras repelentes, contra o mosquito transmissor;

- Uso de telas finas nas portas e janelas;

- Manter o animal dentro de casa nos períodos matutino e vespertino;

- Utilização de mosquiteiros e aparelhos elétricos repelentes de insetos;

- Embalar o lixo corretamente (sacos plásticos);

- Não juntar lixo nos lotes vazios;

- Poda de árvores.

Vacinação:

A vacinação aumenta a chance de o animal ficar protegido contra Leishmaniose. Ajuda no combate da doença, protegendo os animais expostos a contaminação através da picada do inseto transmissor infectado.

A Leishmaniose, além de causar grande sofrimento ao animal por provocar lesões viscerais e de pele, pode infectar também os seres humanos. Existem duas vacinas no mercado. Ambas apresentam o mesmo protocolo de vacinação: é preciso aplicar três doses no início e depois fazer reforço anual de dose única. Antes de receber a imunização o animal precisa obrigatoriamente fazer o exame de sorologia de Leishmaniose.

Animais que moram em regiões endêmicas, ou em regiões que possuem histórico de sorologia positiva, animais que moram em locais arborizados próximos a regiões endêmicas, que viajam com frequência para o litoral, para interior ou região onde há incidência do mosquito palha devem ser vacinados.

O diagnóstico da Leishmaniose pode ser feito através de exame clínico e a confirmação se dá através de amostras de sangue ou biópsias de gânglios e o seu Médico Veterinário é quem vai indicar o método mais adequado.



Fonte: Marcelo Quinzani