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Estudo evidencia a participação dos sistemas aquáticos amazônicos no acúmulo de biomassa aérea

Editoria: Vininha F. Carvalho 29/04/2011

A palestra “Influência dos fatores edáfico-climáticos na biomassa aérea estimada de árvores em florestas inundáveis de quatro afluentes ao Sul do Rio Solimões”, ministrada por Rafael Leandro de Assis, realizada na tarde do dia 27 de abril, visou expor resultados parciais do estudo realizado pelo biólogo.

A apresentação faz parte do III Workshop do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência em Ciência e Tecnologia (Pronex), realizada no auditório da biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), que visa discutir políticas de manejo sustentável dessas áreas.

De acordo com Assis, “A Amazônia é onde mais de 10% de todas as espécies do ecossistema do planeta se encontram e, consequentemente, interagem com o ciclo de carbono, funcionando como fonte ou como sumidouro”.

Ou seja, já é sabido que a biota terrestre é considerada um sumidouro de carbono atmosférico e que as florestas tropicais tem um papel fundamental nesse ciclo. No entanto, pouco se sabe sobre o papel dos sistemas aquáticos neste processo.

Logo, o estudo desenvolvido por Assis evidencia a participação dos sistemas aquáticos amazônicos levando em consideração o acúmulo de carbono em função de fatores edáfico-climáticos (que resulta de fatores inerentes ao solo ou ao clima), realizado em áreas inundáveis de quatro afluentes: Jutaí, Juruá, Tefé e Purus.

“Sabendo que as florestas alagáveis correspondem a 6% da floresta Amazônica, acredita-se que estejam concentrados nessas florestas inundáveis uma biomassa aérea realmente muito grande”, afirma o biólogo.

Segundo Assis, os estudos nessa área possuem ampla relevância científica, apesar de ainda serem escassos.

Fonte: Clarissa Bacellar