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Os cães e gatos também podem desenvolver Linfoma

Editoria: Vininha F. Carvalho 07/10/2011

Os cães e gatos também podem desenvolver Linfoma, doença que já atingiu a presidente Dilma Rousseff e, mais recentemente, o Ator Reynaldo Gianecchini.

O problema é comum e entre os principais sintomas está o inchaço nos gânglios detectados pelo toque dos proprietários e por exames laboratoriais

Pescoço, axilas, virilha, abdômen, tórax e pernas. Esses são os pontos onde estão localizados os principais gânglios do corpo dos animais de estimação. São eles também que merecem maior atenção na hora de descobrir – seja em casa ou no consultório - se tudo está bem com a saúde dos animais, conforme explica a veterinária Paula Cava, responsável pelo Serviço de Oncologia do Hospital Veterinário Pet Care.

“O sistema linfático é composto por gânglios que são distribuídos por todo o corpo e interligados por finos canalículos que drenam a linfa. Os animais, assim como os humanos, também podem desenvolver câncer nesse sistema linfático e um dos principais sinais da doença é o aumento desses gânglios”, conta.

Popularmente conhecido como “íngua”, esse inchaço pode ser encontrado através do tato em pontos específicos, de forma generalizada ou ainda em exames laboratoriais.

“Para fechar o diagnóstico podemos utilizar exames como a ultrassonografia, o raio x, o hemograma, a citologia aspirativa e, em alguns casos, a biópsia do gânglio”, detalha.

Além desses, o Pet Care recomenda a avaliação da função renal e hepática e a contagem dos glóbulos brancos dos animais com suspeita de linfoma. De acordo com os veterinários do Pet Care, nos felinos a doença está normalmente associada ao vírus leucemia. Na maioria das vezes o fator que desencadeou o aparecimento da doença é desconhecido, principalmente em cães.


Tratamentos são eficazes:

Os especialistas explicam que embora apresente risco como todo câncer, o Linfoma tem uma boa resposta ao tratamento e a quimioterapia usada não tem os efeitos colaterais agressivos que encontramos em outros tipos de tumores.

“A decisão de tratar o Linfoma nunca é uma decisão fácil de ser tomada, principalmente por que associamos o nome quimioterapia àquilo que já sabemos ou conhecemos no tratamento das pessoas com câncer, como queda de cabelo, perda de peso, vômitos e não raramente muito sofrimento físico e psicológico”, explica a veterinária.

“O objetivo do tratamento é controlar a doença e proporcionar qualidade de vida aos pacientes. Nos animais os efeitos colaterais das drogas usadas é muito menor do nas pessoas”.

O tratamento tem início depois de fechado o diagnóstico e de realizados os exames que irão fornecer informações do estado geral do animal e do grau de envolvimento dos principais órgãos e gânglios afetados. “No início as aplicações são semanais e no decorrer do tratamento passam a ser quinzenais. O tratamento completo normalmente é feito durante seis a 12 meses”, conta.

Ainda de acordo com a veterinária, as taxas de sucesso no tratamento são de 70 a 80%. “Nós temos vários animais tratados e em tratamento para Linfoma, sendo os cães o maior número e com melhor resposta”, diz.

“Geralmente dentro de uma semana após o início do tratamento já observamos uma melhora acentuada, com a diminuição visível dos gânglios que estavam aumentados”, finaliza.



Fonte: Taiana Bueno