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Inpa desenvolve estruturas biodegradáveis em áreas que precisam de recuperação

Editoria: Vininha F. Carvalho 02/03/2012

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) Gil Vieira, juntamente com o mestre em Ciências de Florestas Tropicais e bolsista da Rede CT Petro Amazônia, Robson Disarz, desenvolveram a confecção de estruturas biodegradáveis com matérias primas regionais de fácil aquisição e baixo custo, tendo como base técnicas de bioengenharia.

Estas estruturas poderão ser utilizadas nos programas de recuperação ou restauração de áreas degradadas, tanto para a indústria de petróleo, como também para mineradoras da região.

O produto foi desenvolvido com dupla funcionalidade e procura conter a erosão superficial do solo em áreas de restauração ecológica, evitando assim a perda de nutrientes e sementes de espécies de plantas consideradas pioneiras, ou seja, plantas que evoluíram para ocupar ambientes em que a vegetação original foi alterada.

“Pensando em novas técnicas e tendo como base estudos já realizados como, por exemplo, o que demonstrou que em algumas clareiras a erosão superficial do solo, mesmo em pequena intensidade, era uma das principais causas de perda de sedimentos e nutrientes, influenciando diretamente nos processos regenerativos e causando alta mortalidade das mudas de espécies de árvores plantadas em tais áreas”, afirma o pesquisador do Inpa e também coordenador do projeto Tecnologia de Regeneração Artificial em Clareiras da Rede CT Petro Amazônia, Gil Vieira.

De acordo com Disarz, uma busca foi realizada em empresas que trabalham com controle de erosão, tanto no mercado nacional como internacional.

“Há vários produtos tais como mantas sintéticas ou confeccionadas em fibras naturais e vários tipos de blocos de concretos. A finalidade destes produtos encontrados é para serem utilizados em contenção de erosão em rodovias e ferrovias. Somente encontramos um produto para a finalidade de controle de erosão em plantios (feixe cilíndrico com capim e envolto com tela de polietileno). Este produto apesar de ser de baixo custo, tem sua decomposição muito rápida e deixa resíduos plásticos no campo”, acrescenta.

Funcionalidade:

A outra funcionalidade é propiciar o estabelecimento de espécies colonizadoras, aumentando assim a diversidade da flora. Para isto estas estruturas quando colocadas em campo serão preenchidas com o solo da floresta (rico em matéria orgânica, nutrientes e sementes de espécies pioneiras).

“As estruturas serão fixadas com estacas vegetais de espécies que se mostraram capazes de se propagarem vegetativamente em nossos experimentos e com características adequadas a restauração ecológica”, explica Vieira.

O pesquisador Gil Vieira esclarece que agora, nos testes que estão sendo realizados em campo, será possível avaliar a durabilidade e eficácia do processo.

“Pensamos que o melhor material seja aquele que degrade lentamente no ambiente e propicie a fixação de espécies colonizadoras e o enraizamento das estacas vegetais colocadas em tais estruturas”, explicou.

A Rede CTPetro Amazônia, atua em parceria com o Inpa. As pesquisas de todos os projetos visam à restauração ecológica dos ambientes impactados pelas atividades de prospecção e transporte de petróleo e gás natural.

Fonte: Inpa