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Palestras buscam alertar quais são os cuidados necessários com ecossistemas amazônicos

Editoria: Vininha F. Carvalho 13/04/2012

Aconteceu na quarta-feira (04/4), o encerramento do IV Workshop do INCT Adapta, do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), que teve seu início dia 2 de abril e contou com a participação de pesquisadores do Instituto, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de outras instituições nacionais e internacionais.

Iniciando os seminários do dia, a pesquisadora Maria Teresa Piedade, do Inpa, alertou sobre as mudanças climáticas e o desmatamento ilegal da Amazônia, com a palestra “Avanços nos estudos de vegetação no âmbito do Adapta”.

“Pior do que as mudanças climáticas é o desmatamento, que acarreta um maior desequilíbrio para nossos ecossistemas. Daí a importância de políticas públicas que amparem esse contexto, promovendo o sustento da Amazônia”, expôs.

Logo após, o evento seguiu com as apresentações do pesquisador Florian Wittimann, falando sobre “Endemismo e distribuição neotropical de árvores de florestas de várzea”; da bolsista Pauline Pantoja, palestrando sobre “Crescimento, concentração de clorofila e fenologia de Montrichardia arborescens, em relação ao pulso de inundação na Amazônia Central” e ainda da bolsista Aline Lopes sobre a “Variação morfológica entre populações do gênero Montrichardia crueg na bacia Amazônica”.


Química das águas:

Falando sobre “Química das águas de superfície dos rios da bacia Amazônica: uma contribuição para classificação de acordo com seus usos preponderantes”, a pesquisadora do Inpa, Maria do Socorro Silva, lembrou aos participantes que o Brasil representa 11% na escala mundial dos dados hídricos, sendo 8% presente na Amazônia.

“Na nossa bacia há uma diversidade enorme de águas. Temos águas escuras que são ácidas, por isso com baixa sedimentação, e as águas claras e brancas que possuem o ph básico, com sedimentação maior”, explicou.

Explanou ainda sobre os fatores que interferem na qualidade da água, como: o clima, a vegetação, a geologia e a geomorfologia, e fez um alerta para os agentes antrópicos, que podem prejudicar os rios amazônicos.

“Se não controlarmos esses agentes antrópicos, teremos grande parte da bacia amazônica degradada. Por isso a importância de estarmos respaldados em relação à legislação vigente”, alertou.

Ainda durante a manhã, finalizando as palestras do IV Worshop Adapta, a pesquisadora Neusa Hamada palestrou sobre “Insetos Aquáticos”; e o pesquisador Renato Tavares sobre os efeitos de fatores físicos, químicos e biológicos sobre a decomposição de folhas em riachos urbanos da Amazônia.


Adapta:

O Adapta é um projeto ligado aos INCTs do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e trabalha com um conjunto de quatro microcosmos onde serão reproduzidos os cenários de mudanças climáticas com base em dados previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para o ano de 2100.

Fonte: Fernanda Farias