Editoria: Vininha F. Carvalho 27/07/2012
O Instituto Mamirauá promoverá entre os dias 8 e 9 de agosto, em Manaus, estado do Amazonas, o 1° Seminário Internacional sobre Conservação e Manejo de Pirarucu em ambientes naturais.
A proposta tem por objetivo promover o encontro entre pesquisadores, técnicos e pescadores das mais diferentes regiões da Pan Amazônia que atuam no manejo participativo de pirarucu.
O seminário também vai estimular a discussão sobre os principais avanços e desafios enfrentados na última década, seja no campo da ciência, na assessoria técnica prestada, no apoio governamental ou na aplicação do manejo.
Segundo a bióloga Ellen Amaral, consultora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá, ao longo de mais de uma década, o manejo participativo do pirarucu tem gerado resultados sociais, ecológicos e econômicos expressivos no Amazonas.
Dentre eles, os mais importantes são a regularização da pesca comercial de pirarucu, proibida no estado do Amazonas em 1996; o aumento anual médio na população de pirarucu de cerca de 25%, nas áreas de manejo; o aumento anual médio na renda gerada de cerca de 29%; e o reconhecimento conferido ao grupo de pescadores pela prática de ações sustentáveis ecologicamente.
No primeiro dia do seminário serão apresentados os estudos científicos realizados sobre o tema a ao longo dos últimos anos. No segundo dia está prevista uma discussão sobre a regulamentação da pesca da espécie nos estados do Pará e Amazonas. Ainda no segundo dia representantes de diversas regiões de manejo apresentarão suas experiências de manejo.
“O Instituto Mamirauá, que assessora o manejo de pirarucu nas Reservas Mamirauá e Amanã, identificou a necessidade de promover o encontro entre os diversos atores envolvidos no manejo a fim de maximizar os conhecimentos adquiridos e promover futuras parcerias entre as áreas de manejo em diferentes regiões da Pan Amazônia”, afirmou a bióloga.
O modelo de manejo desenvolvido em Mamirauá tem estimulado a implementação de novas iniciativas de manejo dos recursos pesqueiros em diversas regiões da Pan Amazônia.
No Brasil, a experiência difundiu-se para outros municípios do estado do Amazonas como Fonte Boa, Itacoatiara, Jutaí, Juruá, Tonantins, e para outros estados como Pará, Rondônia, Roraima e Acre.
Países como Peru, Colômbia, Bolívia e Guiana Inglesa também utilizam algumas ferramentas desenvolvidas em Mamirauá para o manejo da espécie, em partes de sua região Amazônica.